A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado pode votar amanhã (6) o relatório da reforma trabalhista (PLC 38/2017), mesmo dia em que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgará a chapa Dilma-Temer. Acordo fechado por senadores da base e da oposição ainda na semana passada prevê a votação.
O senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), relator da reforma na comissão, propõe que o Senado aprove o projeto sem modificar o texto da Câmara e defende que seis pontos sejam vetados pelo presidente Michel Temer. O pedido foi duramente criticado por senadores de oposição, que defendem que as mudanças sejam feitas pelo Legislativo.
Senadores oposicionistas apresentaram três relatórios alternativos defendendo a rejeição completa da proposta. Amanhã, no início da reunião, o presidente da CAE, Tasso Jereissati (PSDB-CE), deve conceder a palavra para que os senadores da oposição leiam seus votos em separado, o que deve prolongar os trabalhos.
As discussões na comissão não têm sido tranquilas. A penúltima reunião, no dia 23 de maio, foi marcada por empurrões e agressões verbais entre senadores. Na reunião seguinte, a segurança foi reforçada.
A proposta de reforma trabalhista foi enviada ao Congresso Nacional pelo Executivo e passou por discussão em comissão especial na Câmara e por votação no plenário da Casa. Após votação na CAE, a reforma passará pela Comissão de Assuntos Sociais e pela Comissão de Constituição e Justiça antes de seguir para votação no plenário do Senado.
Também está prevista para amanhã a reunião de instalação do Conselho de Ética do Senado, com eleição do presidente e vice-presidente. O presidente eleito terá como primeira tarefa decidir sobre o prosseguimento de representação formalizada pela Rede contra o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) por quebra de decoro parlamentar. Será dele a prerrogativa de arquivar a representação ou determinar abertura de processo.