CARACAS (Reuters) - O Congresso da Venezuela, formado em sua maioria por oposicionistas, prometeu neste domingo colocar o presidente Nicolas Maduro em julgamento por violação à democracia, dias após as autoridades do país cancelarem um referendo contra o impopular presidente socialista.
A medida não deve ir muito adiante já que o governo esquerdista e uma condescendente Suprema Corte têm sistematicamente boicotado a legislatura atual do parlamento, mas sem dúvida aumenta as tensões no país produtor de petróleo e enfraquecido pela crise.
"É um julgamento político e legal contra o presidente Nicolas Maduro para ver qual responsabilidade ele tem nesse processo de ruptura constitucional que despedaçou a democracia, os direitos humanos e o futuro do país", disse o deputado oposicionista Julio Borges durante sessão especial no Congresso, neste domingo.
A coalização de oposição, que se une para acabar com 17 anos de socialismo na nação sul-americana, sustenta que o cancelamento do referendo da última quinta-feira foi um sinal de que a Venezuela abandonou a democracia.
(Por Deisy Buitrago)