Por Michelle Nichols
NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) voltará pela primeira vez suas atenções para a crescente crise na Venezuela nesta quarta-feira, depois que os Estados Unidos pediram uma reunião a portas fechadas sobre as semanas de instabilidade no país sul-americano, marcadas por protestos antigoverno.
Centenas de milhares de pessoas foram às ruas do país de 30 milhões de habitantes para protestar contra a escassez de alimentos, crise médica e inflação exorbitante, e ao menos 42 pessoas morreram durante as últimas semanas em decorrência da turbulência.
Os manifestantes cobram a realização de eleições, a libertação de ativistas presos, o recebimento de ajuda internacional para aliviar a crise econômica e a autonomia para o Legislativo, que é controlado pela oposição.
Uma autoridade norte-americana de alto escalão deve fazer uma apresentação sobre o quatro venezuelano aos 15 membros do Conselho de Segurança.
Uma autoridade de alto escalão da ONU para assuntos políticos fará uma exposição sobre a situação aos 15 membros do Conselho de Segurança.
"Na Venezuela estamos à beira de uma crise humanitária", disse a embaixadora dos EUA para a ONU, Nikki Haley, em comunicado antes da reunião.
"Pelo bem do povo venezuelano, e a segurança da região, nós precisamos trabalhar juntos para garantir que (o presidente Nicolás) Maduro acabe com a violência e a opressão e restaure a democracia ao povo", disse ela.
Maduro culpa a oposição pela crise no país e pelas mortes, que atingiram os dois lados do conflito. Ele acusa seus adversário de tentarem derrubá-lo em um golpe com o apoio dos Estados Unidos.