SEÚL (Reuters) - Altos funcionários de Pyongyang em visita à Coreia do Sul afirmaram que a Coreia do Norte está aberta para falar com os Estados Unidos, horas depois de acusar Washington de tentar agitar conflitos na península com novas sanções.
Em Pyeongchang para a cerimônia de encerramento das Olimpíadas de Inverno, a delegação visitante também disse que a evolução nas relações entre as duas Coreias e entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos deve caminhar de mãos dadas, segundo um comunicado da Presidência da Coreia do Sul.
A delegação se encontrou com o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, em um local não revelado na cidade olímpica.
Anteriormente, uma declaração divulgada pela mídia estatal norte-coreana acusou os Estados Unidos de provocarem confronto na península coreana com anúncio de sanções de sexta-feira.
A cerimônia de encerramento do domingo contou com a presença de Moon, da delegação da Coreia do Norte e da filha do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Ivanka Trump, entre outros.
As Olimpíadas deram um impulso nas relações entre as duas Coreias depois de mais de um ano de tensão por testes de mísseis do Norte.
Mas os dias finais dos jogos foram ofuscados pelo anúncio dos EUA de que estavam impondo o seu maior pacote de sanções que visa levar a Coreia do Norte a desistir dos programas nucleares e de mísseis.
"Graças ao amor nobre de nossa suprema liderança para a Nação e forte determinação pela paz, o muito aguardado diálogo e cooperação entre coreanos foram realizados, e as Olimpíadas foram realizadas com sucesso pela colaboração inter-coreana", disse a agência de notícias estatal da Coreia do Norte KCNA, citando Ministério das Relações Exteriores do país.
(Por Yuna Park e Christine Kim)