Por Tom e Allard
MARAWI, Filipinas (Reuters) - Corpos de civis que pareciam ter sido executados foram encontrados em uma vala, no domingo, diante de uma cidade filipina sitiada, quando uma ocupação de seis dias por rebeldes islâmicos, se defendendo de um ataque militar, ganhou um caráter mais sinistro.
Os oito mortos, a maioria deles baleados na cabeça e alguns com as mãos amarradas atrás das costas, eram trabalhadores que foram detidos por militantes ligados ao Estado Islâmico nos arredores da cidade de Marawi enquanto tentavam fugir dos confrontos, de acordo com a polícia.
Nove carcaças de bala usadas foram encontradas em uma região da estrada manchada de sangue acima da vala. Anexada a um dos corpos estava uma placa escrito "Munafik" (traidor).
A descoberta confirma dias de especulações de que os rebeldes de Maute haviam matado civis durante a tomada de poder de Marawi. O objetivo dos rebeldes, segundo os militares, seria ganhar o reconhecimento do Estado Islâmico como uma filial do Sudeste Asiático.
A resistência feroz dos guerrilheiros Maute e as aparentes execuções de civis aumentam o medo crescente de que os grupos ligados à ideologia radical do Estado Islâmico estão determinados a estabelecer uma presença no sul das Filipinas, com o apoio de extremistas da Indonésia e da Malásia.
O Exército convocou mais tropas terrestres durante o fim de semana e despachou o Exército e os helicópteros da Força Aérea para realizar ataques aéreos em posições de Maute enquanto militantes dominam edifícios e uma ponte dentro de uma cidade, predominantemente muçulmana onde poucos civis permanecem.
Pelo menos 61 militantes foram mortos e 15 membros de forças de segurança desde sábado, de acordo com o Exército, que disse que poderia confirmar nove civis mortos por militantes.