Por Yawen Chen e Elias Glenn
PEQUIM (Reuters) - O crescimento econômico da China deve desacelerar em 2017, com seus principais líderes indicando uma política monetária mais apertada e mais restrições para reprimir as bolhas de preços de ativos, especialmente no mercado imobiliário, mesmo com uma queda acentuada do iuan alimentando temores de turbulência nos mercados.
A Academia Chinesa de Ciências Sociais projetou nesta segunda-feira que o crescimento econômico da China vai desacelerar novamente no próximo ano para 6,5 por cento, o que seria o ritmo mais lento em mais de 25 anos, contra expectativa de expansão de 6,7 por cento neste ano.
A desaceleração esperada da segunda maior economia do mundo ocorre em um momento de elevada ansiedade sobre o iuan, que caiu para a mínima de mais de oito anos no mês passado devido à especulação de saída de capital na sequência da vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos.
Além disso, um rápido aumento dos empréstimos bancários, o aumento perigoso da dívida no setor corporativo e um mercado imobiliário que não conseguiu acabar completamente com os especuladores estão ameaçando afetar a economia.
Isso provavelmente explica por que os principais líderes da China, que realizaram uma reunião sobre economia na semana passada, optaram por manter uma política monetária "prudente e neutra" em 2017, ao mesmo tempo em que prometem manter a economia num caminho de crescimento estável e saudável.
De fato, um assessor do banco central chinês afirmou nesta segunda-feira que o tom dado pelos líderes chineses para 2017 significa que a política monetária pode ser apertada.