👀 Não perca! As ações MAIS baratas para investir agoraVeja as ações baratas

Crise política não atrapalha planos para reduzir meta de inflação, diz fonte da equipe econômica

Publicado 13.06.2017, 14:21
© Reuters.  Crise política não atrapalha planos para reduzir meta de inflação, diz fonte da equipe econômica

Por Patrícia Duarte

SÃO PAULO, 13 Jun (Reuters) - A crise política que acertou em cheio o governo do presidente Michel Temer não vai atrapalhar os planos da equipe econômica de reduzir a meta de inflação para 2019, decisão que oficialmente precisa ser tomada neste mês.

Ao contrário: a avaliação é de que neste momento os mercados precisam de notícias positivas e que vão ao encontro de maior austeridade na condução da política econômica.

"O custo de mudar a meta (de inflação) é muito baixo e os ganhos junto ao mercado, elevados. Principalmente, à luz das incertezas que se avolumam a cada dia", afirmou à Reuters nesta terça-feira uma fonte da equipe econômica, sob condição de anonimato.

Temer é alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção passiva, entre outros crimes, após delações de executivos do grupo J&F. Com isso, o presidente perdeu força política, que vem alimentando junto a agentes econômicos dúvidas sobre o andamento das reformas, sobretudo da Previdência, no Congresso Nacional.

O Conselho Monetário Nacional (CMN) --formado pelos ministros da Fazenda e do Planejamento, além do presidente do Banco Central-- define no final deste mês a meta de inflação para 2019. Desde 2005, o centro do objetivo está em 4,5 por cento pelo IPCA, variando apenas a banda de oscilação, que já foi de 2,5 pontos percentuais e passou a ser de 1,5 ponto para 2017 e 2018.

Para a fonte, o centro da meta para este ano pode ser reduzido a 4 por cento, "porque as projeções estão caminhando rápido" para esse nível. "Acho que não faz sentido mudar apenas 0,25 ponto", acrescentou. Mas ir a 4,25 por cento também não está descartado.

Segundo pesquisa Focus do BC, que ouve semanalmente uma centena de economistas, as projeções de alta para o indicador em 2019 estão em 4,25 por cento, em 4,37 por cento para 2018 e em 3,71 por cento para 2017.

Nesta manhã, o diretor de Política Econômica do BC, Carlos Viana, recebeu economistas no Rio de Janeiro e ouviu deles a defesa para a redução da meta de inflação, segundo uma fonte que estava presente ao encontro. Alguns dos economistas sugeriram que o movimento tinha que ser mais forte, outros mais fraco, mas a discussão não focou em números.

Em meio ao cenário econômico ainda bastante frágil e com desemprego elevado, a inflação no Brasil tem perdido força, mesmo com o ciclo de afrouxamento monetário implementado pelo BC desde outubro passado e que já levou a taxa básica de juros a 10,25 por cento ao ano.

Em maio, a IPCA acumulou alta de 3,60 por cento em 12 meses, nível mais fraco desde maio de 2007 (3,18 por cento).

Na noite passada, durante evento em São Paulo, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, afirmou que o país não teve "oportunidade e ousadia" para reduzir a meta de inflação.

(Com reportagem adicional de Marcela Ayres, em Brasílis)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.