Qual rompimento vem primeiro para o dólar: abaixo de R$ 5,27 ou acima de R$ 5,40?
Investing.com – Os índices futuros das principais bolsas norte-americanas operam em alta nesta segunda-feira, com investidores se preparando para uma semana repleta de dados econômicos e balanços relevantes do setor de tecnologia.
O aguardado relatório de empregos (payroll) dos EUA de setembro, adiado pela paralisação do governo federal, será divulgado nesta semana, enquanto os resultados da Nvidia devem oferecer novos sinais sobre o ritmo do ciclo de crescimento gerado pela inteligência artificial (IA).
No cenário internacional, a economia do Japão encolheu pela primeira vez em seis trimestres, e os preços do ouro e do petróleo recuam.
No Brasil, os investidores aguardam a divulgação da “prévia do PIB” de setembro, bem como novas projeções do mercado para os principais indicadores da nossa economia, pelo banco central.
1. Futuros em alta em NY
Os contratos futuros de ações dos EUA indicam abertura positiva para a semana, sustentados por expectativas de retomada de dados econômicos e pela atenção voltada aos resultados da Nvidia, referência do setor de semicondutores e símbolo do recente avanço da IA.
Às 07 h de Brasília, o futuro do Dow Jones subia 0,2% (88 pontos), o futuro do S&P 500 avançava 0,6% (38 pontos) e o futuro do Nasdaq 100 ganhava 0,9% (223 pontos).
O sentimento de mercado foi reforçado após sinais de flexibilização na postura comercial do presidente Donald Trump. Na sexta-feira, após o fechamento em Wall Street, a Casa Branca anunciou a redução de tarifas sobre diversos produtos alimentícios, com o presidente destacando a necessidade de aliviar pressões sobre os preços.
“Os preços de alguns produtos, como carne bovina, frutas e café, estão um pouco altos”, reconheceu Trump.
Além disso, os EUA e a Suíça firmaram um acordo para reduzir tarifas sobre exportações suíças de 39% para 15%, em troca de um investimento de US$ 200 bilhões no território americano até o fim de 2028.
Na sexta-feira, as bolsas americanas encerraram o pregão de forma mista, com destaque para o Nasdaq Composite, que reagiu após atingir a mínima de três semanas. A recuperação das ações de tecnologia reduziu as preocupações de que o setor pudesse estar perdendo fôlego após valorizações expressivas desde o início do ano.
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2. Dados econômicos dos EUA voltam ao radar
O foco agora recai sobre a retomada do calendário econômico americano, que ficou praticamente paralisado durante o shutdown mais longo da história recente.
Com o fim da paralisação, o mercado aguarda novos dados sobre emprego e inflação, que ajudarão a definir o tom da política monetária do Federal Reserve. O relatório de empregos (payroll) de setembro será divulgado na quinta-feira, mas a Casa Branca já sinalizou que os dados de outubro poderão vir incompletos.
Essas informações serão fundamentais para as apostas em torno da última decisão de juros do Fed em 2025, marcada para dezembro.
O banco central reduziu as taxas nas duas últimas reuniões, mas a falta de dados atualizados aumentou as chances de manutenção dos juros no próximo encontro.
3. Resultados da Nvidia no centro das atenções
O destaque corporativo da semana será o balanço da Nvidia, previsto para quarta-feira após o fechamento dos mercados. A empresa, que se tornou símbolo da revolução da inteligência artificial, é hoje um referencial de sentimento para o setor de tecnologia.
As ações da companhia saltaram cerca de 1.000% desde o lançamento do ChatGPT pela OpenAI, no fim de 2022, fazendo da Nvidia a primeira empresa a superar US$ 5 trilhões em valor de mercado. Por isso, seus resultados têm potencial para influenciar o comportamento do mercado acionário global.
Com avaliações elevadas e um setor cada vez mais dependente dos chips avançados da empresa, parte dos analistas tem alertado para sinais de euforia no ciclo da IA.
Além da Nvidia, varejistas norte-americanas como Home Depot, Target e Walmart também divulgam resultados nesta semana, oferecendo indicações sobre o consumo das famílias e as perspectivas para a temporada de fim de ano.
4. Ouro e petróleo recuam
O ouro segue em baixa, ampliando as perdas da semana passada, conforme os investidores reduzem as apostas em novos cortes de juros pelo Fed em dezembro. O fortalecimento do dólar e o aumento da aversão ao risco pressionam o metal, que não tem reagido como ativo de proteção neste momento.
Os preços do petróleo também caem após a reabertura do porto russo de Novorossiysk, que havia interrompido embarques de petróleo bruto após ataques da Ucrânia. A retomada do fluxo reduziu o temor de escassez de oferta.
Na sexta-feira, os dois principais benchmarks do mercado, Brent e WTI, haviam subido mais de 2% após os ataques, que chegaram a paralisar aproximadamente 2% das exportações globais. Dados recentes de rastreamento marítimo, contudo, confirmaram o retorno dos carregamentos, o que trouxe alívio ao mercado de energia.
5. IBC-Br e Focus no Brasil
O mercado local aguarda a divulgação do índice de atividade econômica (IBC-Br) do banco central para o mês de setembro, que tem metodologia diferente da do PIB, mas, apesar disso, é considerado por muitos como uma “prévia” desse indicador, que voltou a crescer em agosto, após três meses de retração, com avanço de 0,4%. A expectativa é que o índice tenha leve desaceleração para 0,3% em setembro.
Os investidores ainda acompanham hoje o boletim Focus, pesquisa semanal do banco central com agentes do mercado. Na semana passada, os economistas pesquisados pela autarquia mantiveram as projeções para os principais indicadores da economia brasileira, após a decisão do Copom de manter a taxa Selic em 15% ao ano e sinalizar estabilidade prolongada. Mesmo assim, as estimativas seguiram em 15% para o fim de 2025, 12,25% em 2026, 10,50% em 2027 e 10% em 2028, marcando a 20ª semana consecutiva sem revisões.
