Por Tsvetelia Tsolova e Angel Krasimirov
SÓFIA (Reuters) - A China permanece aberta para os parceiros comerciais estrangeiros e só pode se beneficiar de uma Europa forte economicamente, disse neste sábado o primeiro-ministro do país, ao pedir maiores laços econômicos com o Leste Europeu enquanto trava uma guerra comercial com os Estados Unidos.
Em encontro com líderes de Estados do Leste Europeu, Li Keqiang disse que a China vai continuar abrindo seu mercado e implementando outras reformas que alavancaram sua economia, oferecendo assim oportunidades para membros da União Europeia, especialmente aqueles da porção mais pobre do bloco.
"É uma via de duas mãos", disse Li, por meio de um intérprete. "Abrir a economia é um importante aspecto da agenda de reformas da China, então vamos continuar a nos abrir mais para o mundo, ampliando o acesso do mercado para investidores estrangeiros."
A presença de Li no sétimo encontro "16+1" em Sófia, capital da Bulgária, coincidiu com os primeiros atos do que pode se transformar em uma guerra comercial global, já que Washington e Pequim impuseram taxas de 34 bilhões de dólares em seus produtos.
Alguns países participantes duvidavam do valor do encontro, mas a China foi pressionada a mostrar que sua aproximação com nações dos Balcãs e da região báltica não vai ferir a UE como um todo.
"Se a Europa se enfraquece, será má notícia para a China, não o oposto", afirmou Li. "Essa plataforma (16+1) precisa continuar funcionando. Precisa ser transparente."