Por Matt Spetalnick e Roberta Rampton e Jeff Mason
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez na noite de domingo a maior defesa até o momento de sua estratégia para derrotar o Estado Islâmico, mas não apresentou nenhuma mudança na política dos EUA para confrontar o que chamou de "nova fase" da ameaça terrorista, após um massacre a tiros na Califórnia.
Em um raro pronunciamento no Salão Oval da Casa Branca, Obama buscou acalmar o nervosismo público crescente nos EUA por conta da luta contra militantes islâmicos, que parecia ser travada somente no exterior.
Seus comentários falharam em acalmar os críticos republicanos, que há tempos o acusam de subestimar a força e poder de resistência dos militantes.
Obama usou os 14 minutos de aparição na televisão para traçar uma cuidadosa linha sobre o que iria ou não fazer. Ele prometeu, por exemplo, "caçar conspiradores terroristas" onde estiverem. Mas insistiu que "não devemos ser levados mais uma vez para uma longa e custosa guerra no Iraque ou Síria".
O pronunciamento aconteceu quatro dias após o cidadão norte-americano Syed Rizwan Farook, de 28 anos, e sua esposa paquistanesa, Tashfeen Malik, de 29, abrirem fogo em uma festa para funcionários civis em San Bernardino, na Califórnia, matando 14 pessoas. O casal foi morto horas depois em confronto com a polícia.
O presidente condenou o ataque como "um ato de terrorismo feito para matar pessoas inocentes". Mas também disse que San Bernardino mostrou que "a ameaça terrorista evoluiu para uma nova fase", à medida que o Estado Islâmico usou a Internet para "envenenar as mentes" de possíveis agressores.
Obama também fez uma ligação entre a segurança nacional e a necessidade de controle de armas após o massacre mais recente nos Estados Unidos.
O FBI está investigando o ataque com estilo paramilitar na Califórnia como inspirado pelo Estado Islâmico, que controla partes da Síria e Iraque e mostrou um alcance expandido para além de seus redutos no Oriente Médio.