Arena do Pavini - Os empresários estão mais otimistas após a eleição de Jair Bolsonaro para a Presidência da República e devem investir mais no ano que vem, segundo a Agenda 2019, pesquisa da consultoria Deloitte com 826 empresas que somaram faturamento de R$ 2,8 trilhões em 2017, ou 43% do Produto Interno Bruto (PIB). A pesquisa mostrou que 97% dos empresários pretende realizar algum investimento em 2019, o maior percentual da série histórica. Dos que vão investir, os que vão lançar produtos são 60%, 59% vão adotar novas tecnologias, 49% vão manter iniciativas de treinamento e formação para funcionários, 38% vão criar iniciativas de treinamento, 37% vão incrementar a frente de produtos e desenvolvimento de produtos ou serviços, 30% vão substituir máquinas e equipamentos e 25% vão ampliar os pontos de venda.
Setenta por cento dos empresários pretendem captar recursos este ano, sendo que 24% virão de aportes de acionistas, 24% de empréstimos do BNDES, 24% de empréstimos de bancos de varejo, 20% do controlador e 11% de fundos de investimento. Apenas 6% dizem que pretendem emitir dívida no mercado a 1% somente vão abrir capital.
Sobre emprego, 47% dizem que vão aumentar o quadro de funcionários, enquanto 32% pretendem manter com substituições e 14% manter sem substituições. Os que vão diminuir o quadro são 7%, mas, destes, quase a metade, 46% das demissões serão por conta de automação e por melhora na qualificação.
Sobre as perspectivas para os negócios no ano que vem, 69% acham que as vendas vão aumentar, 46% consideram que os investimentos em equipamentos irão aumentar.
Já sobre o governo Bolsonaro, 93% acham que a prioridade deveria ser a reforma tributária, 90%, a reforma previdenciária e 80%, a reforma política.
Outros 36% consideram prioridade rever as leis trabalhistas, 14% a revisão da política de preços dos derivados de petróleo, 14% a revisão das regras de financiamentos eleitorais e 11% a revisão dos tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário. Outros 8% consideram que a prioridade deveria ser a revisão dos marcos regulatórios de exploração de recursos naturais, 8% a revisão da legislação ambiental e 6% a revisão da regulação da internet e dos canais digitais.
Sobre as medidas de impacto na gestão pública, 62% citaram o combate à corrupção, 61% o ajuste das contas públicas, 33% novas privatizações, 31% reforma da estrutura de administração pública direta federal, 24% novos mecanismos de fiscalização e controle dos gastos públicos. Outros 20% citaram a melhoria da qualidade dos serviços públicos e 15% estímulos fiscais para determinados setores econômicos.Outros 12% acham que o governo deveria manter a PEC dos gastos públicos e 9% a reforma da estrutura de administração pública direta estadual.
Sobre as medidas de impacto na atividade econômica, 80% citaram o estímulo à geração de empregos, 58% manter a inflação abaixo dos 5% ao ano e 53% políticas para ampliar a participação do Brasil no comércio exterior.
Sobre medidas de estímulo à atividade empresarial, 52% citaram melhorar e ampliar as parcerias público-privadas, 51% ampliar a oferta de crédito para as empresas, 48% investir na melhoria dos processos e abertura de empresas, mesmo percentual dos que pedem mais incentivos para que as empresas se adaptem aos conceitos da Indústria 2.0 e da transformação Digital e dos que citaram mais incentivos tributários para programas, pesquisas e projetos de inovação.
Sobre investimentos sociais, os empresários destacam, com 84% das opiniões, a Educação. Outros 77% citaram segurança pública e 65% a saúde.
Por Arena do Pavini