BOGOTÁ (Reuters) - A guerrilha do Exército de Libertação Nacional da Colômbia (ELN) anunciou nesta quarta-feira que realizará uma "trégua armada" de três dias a partir de sábado em reação à suspensão, por parte do governo, das negociações de paz com o grupo rebelde após uma série de ataques com explosivos que deixaram policiais mortos.
Em outras ocasiões a trégua implicou restrições à livre circulação de veículos e pessoas, assim como ao comércio nas zonas rurais nas quais o ELN tem presença.
Segundo um comunicado da guerrilha, a decisão obedece "à continuidade do terrorismo de Estado e do aumento da perseguição aos dirigentes populares e à judicialização dos protestos sociais; como também à negativa do governo para dar continuidade ao Quinto Ciclo de conversas em Quito".
A restrição começará às 6h de 10 de fevereiro e se estenderá até as 6h de 13 de fevereiro.
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, suspendeu a negociação de paz com o ELN na semana passada na esteira de uma série de ataques do grupo armado no norte do país que mataram sete policiais e deixaram dezenas de feridos.
"Fazemos um chamado aos transportadores e passageiros para que se abstenham de viajar e evitem inconvenientes para si mesmos", informou o comunicado do ELN.
lém disso, o ELN realizou ataques com explosivos contra um trecho do oleoduto Caño Limón-Coveñas, prolongando a interrupção de quase um mês do bombeamento de petróleo através da instalação.
(Por Nelson Bocanegra)