BRASÍLIA (Reuters) - O estoque total de crédito no Brasil subiu 0,7 por cento em março sobre fevereiro, a 3,267 trilhões de reais, num mês marcado por encarecimento das condições de financiamento com recursos livres apesar da estabilidade na inadimplência.
No primeiro trimestre, o saldo geral de financiamentos cresceu 0,3 por cento, ao passo que em 12 meses o crescimento foi de 5,7 por cento, divulgou o Banco Central nesta sexta-feira.
Para este ano, o BC previu no fim de março uma alta no crédito total de 7,2 por cento, puxado pelo apetite das famílias.
Em março, contudo, o estoque de crédito às empresas mostrou maior expansão sobre fevereiro, de 0,8 por cento. O estoque de crédito às famílias teve alta de 0,6 por cento na mesma base.
Em relação ao custo dos financiamentos no país, os juros médios subiram a 39,0 por cento em março, percentual mais alto desde maio do ano passado (39,1 por cento), em dado que considera apenas o segmento de recursos livres, no qual as taxas são definidas livremente pelas instituições financeiras.
No mesmo segmento, o spread, que mede a diferença entre a taxa de captação dos bancos e a cobrada a seus clientes, teve aumento de 0,3 ponto percentual, a 31,6 pontos.
Isso ocorreu apesar de a inadimplência em recursos livres ter seguido estável em 3,9 por cento, mostraram os dados do BC.
(Por Marcela Ayres)