Por Scott Malone
FERGUSON Estados Unidos (Reuters) - O governador do Estado norte-americano do Missouri declarou situação de emergência nesta segunda-feira e autorizou as forças especiais de segurança estaduais a apoiarem a polícia em caso de violência, depois que um júri decidir se indicia um policial branco que matou a tiros um adolescente negro desarmado.
"Como parte de nossos esforços em andamento para planejar e estarmos preparados para qualquer contingência, é necessário ter esses recursos à disposição de forma antecipada a qualquer anúncio de decisão do júri", disse o governador Jay Nixon em comunicado.
A ordem também coloca o Departamento de Polícia do Condado de St. Louis, e não a polícia da cidade de Ferguson, a cargo de lidar com eventuais protestos.
Moradores de Ferguson, no Missouri, que viram semanas de protestos às vezes violentos após a morte em 9 de agosto do jovem de 18 anos Michael Brown, estão se preparando para a possibilidade de mais confusão, especialmente se o júri decidir não indiciar criminalmente o policial Darren Wilson.
Houve protestos nos últimos dois dias no entorno da área antes do anúncio da decisão do júri. Dezenas de manifestantes foram para as ruas nesta segunda-feira em Clayton, Missouri, onde o júri está reunido.
"Queremos o indiciamento. Os policiais não gostam disso", cantavam os manifestantes enquanto marchavam, sob temperatura congelante.
"Alguma coisa na forma que Mike Brown foi morto despertou um fogo em mim que eu não posso ignorar", disse Dhorbua Shakur, de 24 anos, um dos manifestantes organizando os protestos.
Segundo autoridades, a decisão do júri deve ser divulgada ainda neste mês.
Há versões divergentes sobre o que aconteceu no momento da morte de Brown. Algumas testemunhas dizem que o jovem estava com as mãos para o alto quando levou o tiro, mas outros afirmam que houve uma briga entre Brown e o policial Wilson.