CAIRO (Reuters) - Um operação de segurança resultou na morte de 16 militantes e prisão de outros quatro no Egito, informou o exército do país, no que levou às primeiras vítimas fatais em uma campanha destinada a parar insurgentes por trás de uma série de ataques.
Aos todo, 66 alvos, depósitos de armas, veículos utilitários e motos usadas por militantes foram destruídos em incursões focadas principalmente no Sinai, mas também cobrindo o Delta do Nilo e o deserto ocidental, informou o exército em um comunicado transmitido pela TV estatal.
O presidente Abdel Fattah al-Sisi, que está buscando a reeleição em março, ordenou em novembro que as forças armadas derrotassem os militantes no prazo de três meses, após o ataque a uma mesquita ter matado mais de 300 pessoas, o incidente mais mortal desse tipo no país árabe mais populoso do mundo.
Os insurgentes islâmicos têm tido as forças de segurança como alvo desde 2013, quando o exército, liderado por Sisi como chefe do exército, expulsou o presidente Mohamed Mursi da Irmandade Muçulmana após protestos em massa contra seu governo.
A operação de segurança lançada na sexta-feira envolve tropas da força aérea egípcia, da marinha e do exército, assim
como da polícia e dos guardas de fronteira.
"A força aérea visou e destruiu 66 alvos usados por elementos terroristas para se esconder dos ataques aéreos e de artilharia, e para escapar de suas bases durante ataques", disse o comunicado.
Um total de 16 militantes foram mortos, informou, sem dar mais detalhes.
Fontes médicas disseram que o Hospital Geral de Ismailia recebeu no início de domingo os corpos de 10 militantes mortos no Sinai e que foram coletadas amostras de DNA para identificá-los.
O comunicado militar também informou que as forças envolvidas na operação encontraram um centro de mídia com computadores, equipamentos de comunicação e livros e documentos relacionados à ideologia jihadista.
As forças de segurança também descobriram e destruíram seis fazendas usadas para desenvolver narcóticos proibidos, segundo o comunicado.
(Por Mohamed El-Sherif e Yousri Mohamed)