Investing.com – O Banco Central dos EUA (Fed), como esperado, manteve as taxas de juros no nível atual após a conclusão da reunião do FOMC (Federal Open Market Committee) nesta quarta-feira, mas deu algumas dicas sobre quando será o primeiro aumento das taxas em quase uma década.
Na última declaração do FOMC, todas as referências ao prazo de aumento das taxas por parte do Fed foram removidas. Anteriormente, o Fed indicou que poderia começar a aumentar as taxas em junho.
Em março, o Fed mudou a sua postura de “permanecer paciente” quanto à normalização política, uma referência que normalmente indica que o banco está pronto para aumentar as taxas. No entanto, uma série de dados econômicos fracos divulgada nas últimas semanas tem aparentemente convencido o banco central dos EUA a adiar o aumento. Na quarta-feira, o Departamento de Comércio dos EUA anunciou que o PIB do primeiro trimestre cresceu 0,2%, muito abaixo das projeções de crescimento de 1% dos analistas.
O Dow Jones Industrial Average ganhou cerca de 40 pontos a 18.043,04, minutos após o anúncio. Em meia hora antes da divulgação, o Dow caiu 118,45 na sessão, ficando em 17.991,69. O índice do dólar, que acompanha a força do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, apresentou leve recuperação, mas ainda ficou na baixa da sessão de 95,21. O índice já tinha ficado em baixa de mais de 1,25% para o dia antes da declaração.
Agora, é cada vez mais provável que o Fed vai esperar até setembro ou até dezembro para instituir um aumento das taxas.
O banco central dos EUA tem mantido as taxas de juros de curto prazo perto de zero em desde 2009, após a crise financeira.