Raúl Cortés.
Panamá, 19 out (EFE).- Os protagonistas da XXIII Cúpula Ibero -Americana centraram as mensagens deste sábado na necessidade de renovar a relação entre América Latina, Espanha e Portugal, em questões como comércio e investimentos, sem esquecer as frequentes menções à interminável luta contra o narcotráfico.
O presidente anfitrião da Cúpula, Ricardo Martinelli, defendeu "uma maior região ibero-americana com mais ação dos governos e das sociedades".
Martinelli apontou que "o equilíbrio entre a parte ibérica e a latino-americana está mudando" pelo contexto econômico global e é importante que a América Latina encontre "na comunidade ibero-americana um instrumento útil para emergir economicamente no século XXI com a Espanha e Portugal como parceiros".
Depois o presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, encorajou as empresas latino-americanas a se estabelecerem em seu país ao ressaltar que essa região "sempre foi uma oportunidade para a Espanha e a Espanha também é uma oportunidade" para ela.
O chefe de Estado português, Aníbal Cavaco Silva, ressaltou o renovado e atrativo perfil da América Latina para os investidores europeus e lembrou que região ibero-americana representa perto de 11% da economia mundial, e deve "aproveitar" esse potencial em nível comercial e aprofundar seus acordos.
O colombiano Juan Manuel Santos sugeriu tirar proveito da renovação da comunidade, tema central da discussão no Panamá, para que seus membros se redescubram após muitos anos de relação.
Santos acrescentou que o sistema de cúpulas, que a partir de 2014 começarão a ser cada dois anos, "sem dúvida alguma requer uma injeção de dinamismo" e propôs afundar os laços econômicos entras as partes em temas como turismo e inclusive futebol.
A necessidade de dar um novo impulso ao espaço ibero-americano foi também ressaltada pelo mexicano Enrique Peña Nieto, cujo país abrigará em Veracruz a próxima cúpula em 2014.
"Após mais de duas décadas de funcionamento, este mecanismos está sendo chamado a se renovar para responder aos desafios de nosso tempo", enfatizou.
O paraguaio Cartes disse que seu país "dá muita importância a esta conferência" e acompanhou qualquer proposta "para dar soluções efetivas e diligentes às novas situações e necessidades da região".
O chanceler chileno, Alfredo Moreno, disse que seu país aposta pela renovação do sistema ibero-americano como um "desafio político" para que a região tenha capacidade efetiva de inserção, mais progresso e mais estabilidade.
Em suas intervenções, vários representantes nacionais compartilharam detalhes da situação interna de seus países e em alguns casos pediram apoio a seus colegas em algumas questões.
Juan Manuel Santos, por exemplo, afirmou que espera convencer à guerrilha das Farc para "acelerar" as negociações de paz com o governo colombiano iniciadas há um ano em Cuba, e se referiu também o flagelo do narcotráfico.
Pediu que os países ibero-americanos mantenham os esforços na luta contra as drogas e advertiu que seu país, após ser marcado durante anos como centro desse negócio, sofre agora um novo e preocupante fenômeno nesse campo com o aumento de consumidores de entorpecentes.
De narcotráfico falou também a presidente da Costa Rica, Laura Chinchilla, que expressou sua inquietação pelos confrontos entre gangues ligadas ao crime organizado.
O hondurenho Porfirio Lobo reivindicou a colaboração para "fazer algo novo" frente às diversas formas de crime organizado transnacional que geram muita violência e insegurança em seu país.
O embargo a Cuba, a demanda do Equador contra a companhia petrolífera americano Chevron, e até a quinoa foram outros temas levantados pelas delegações nas sessões plenárias de uma cúpula à qual faltaram a metade dos presidentes convidados, especialmente os da América do Sul. EFE
rac/cd
Panamá, 19 out (EFE).- Os protagonistas da XXIII Cúpula Ibero -Americana centraram as mensagens deste sábado na necessidade de renovar a relação entre América Latina, Espanha e Portugal, em questões como comércio e investimentos, sem esquecer as frequentes menções à interminável luta contra o narcotráfico.
O presidente anfitrião da Cúpula, Ricardo Martinelli, defendeu "uma maior região ibero-americana com mais ação dos governos e das sociedades".
Martinelli apontou que "o equilíbrio entre a parte ibérica e a latino-americana está mudando" pelo contexto econômico global e é importante que a América Latina encontre "na comunidade ibero-americana um instrumento útil para emergir economicamente no século XXI com a Espanha e Portugal como parceiros".
Depois o presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, encorajou as empresas latino-americanas a se estabelecerem em seu país ao ressaltar que essa região "sempre foi uma oportunidade para a Espanha e a Espanha também é uma oportunidade" para ela.
O chefe de Estado português, Aníbal Cavaco Silva, ressaltou o renovado e atrativo perfil da América Latina para os investidores europeus e lembrou que região ibero-americana representa perto de 11% da economia mundial, e deve "aproveitar" esse potencial em nível comercial e aprofundar seus acordos.
O colombiano Juan Manuel Santos sugeriu tirar proveito da renovação da comunidade, tema central da discussão no Panamá, para que seus membros se redescubram após muitos anos de relação.
Santos acrescentou que o sistema de cúpulas, que a partir de 2014 começarão a ser cada dois anos, "sem dúvida alguma requer uma injeção de dinamismo" e propôs afundar os laços econômicos entras as partes em temas como turismo e inclusive futebol.
A necessidade de dar um novo impulso ao espaço ibero-americano foi também ressaltada pelo mexicano Enrique Peña Nieto, cujo país abrigará em Veracruz a próxima cúpula em 2014.
"Após mais de duas décadas de funcionamento, este mecanismos está sendo chamado a se renovar para responder aos desafios de nosso tempo", enfatizou.
O paraguaio Cartes disse que seu país "dá muita importância a esta conferência" e acompanhou qualquer proposta "para dar soluções efetivas e diligentes às novas situações e necessidades da região".
O chanceler chileno, Alfredo Moreno, disse que seu país aposta pela renovação do sistema ibero-americano como um "desafio político" para que a região tenha capacidade efetiva de inserção, mais progresso e mais estabilidade.
Em suas intervenções, vários representantes nacionais compartilharam detalhes da situação interna de seus países e em alguns casos pediram apoio a seus colegas em algumas questões.
Juan Manuel Santos, por exemplo, afirmou que espera convencer à guerrilha das Farc para "acelerar" as negociações de paz com o governo colombiano iniciadas há um ano em Cuba, e se referiu também o flagelo do narcotráfico.
Pediu que os países ibero-americanos mantenham os esforços na luta contra as drogas e advertiu que seu país, após ser marcado durante anos como centro desse negócio, sofre agora um novo e preocupante fenômeno nesse campo com o aumento de consumidores de entorpecentes.
De narcotráfico falou também a presidente da Costa Rica, Laura Chinchilla, que expressou sua inquietação pelos confrontos entre gangues ligadas ao crime organizado.
O hondurenho Porfirio Lobo reivindicou a colaboração para "fazer algo novo" frente às diversas formas de crime organizado transnacional que geram muita violência e insegurança em seu país.
O embargo a Cuba, a demanda do Equador contra a companhia petrolífera americano Chevron, e até a quinoa foram outros temas levantados pelas delegações nas sessões plenárias de uma cúpula à qual faltaram a metade dos presidentes convidados, especialmente os da América do Sul. EFE
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