Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta sexta-feira, 8 de dezembro, sobre os mercados financeiros:
1. Dólar sobe à espera de relatório norte-americano de empregos
O Departamento de Trabalho dos EUA divulgará seu relatório de novembro sobre folhas de pagamento não agrícolas nesta sexta-feira às 11h30 e a atenção sobre ele será dada mais sobre o que será dito quanto a salários do que quanto a contratações.
O consenso das projeções é de que os dados mostrarão que houve acréscimo de 200.000 empregos neste mês na sequência do aumento de 261.000 em outubro, ao passo que a taxa de desemprego tem projeções de se manter estável em 4,1%.
A maior parte das atenções provavelmente se voltará aos números relativos à média de ganhos por hora, que devem subir 0,3% após uma leitura estável no mês anterior. Em base anual, os salários possuem projeção de ganhos de 2,7%, melhorando a partir de 2,4% em outubro, que foi o aumento mais fraco em um ano e meio.
Uma recuperação nos salários pode ser um sinal inicial de inflação mais alta, sustentando a situação para taxas de juros mais altas nos próximos meses.
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, avançava 0,27% para 94,00 às 08h30, nível mais alto desde 21 de novembro.
2. Negociações do Brexit passam importante estágio
A libra se fortalecia após Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, afirmar na sexta-feira que já foi realizado "progresso suficiente" na primeira fase de negociações do Brexit e que as discussões agora podem avançar para as relações comerciais.
As notícias surgiram após o governo britânico finalmente concordar que não haverá "fronteira dura" na Irlanda e cidadãos europeus no Reino Unido e cidadãos britânicos na União Europeia terão seus direitos protegidos.
O Partido Unionista Democrático da Irlanda do Norte, cuja oposição na última segunda-feira levou as negociações do Brexit a serem interrompidas, afirmou haver "mais trabalho a ser feito" e que a maneira como votará sobre o acordo final "dependerá de seu conteúdo".
3. Bitcoin recua após ultrapassar patamar de US$ 17.000
O bitcoin subiu a outra máxima recorde acima de US$ 17.000 durante a noite, já que investidores continuavam a apostar que a demanda pela moeda digital irá aumentar com o lançamento de contratos futuros de bitcoin antes do final do ano.
Na corretora norte-americana Bitfinex, o bitcoin recuava 9,42% para US$ 15.039 às 08h30 após ter chegado à nova máxima histórica de US$ 17.160 durante a noite.
O otimismo com o bitcoin surge em meio a expectativas de que fundos de bitcoin negociados em bolsa acompanharão o lançamento de contratos futuros de bitcoin, o que muitos acreditam estar abrindo o caminho para que o bitcoin se torne uma classe estabelecida de ativos, o que estimularia a demanda institucional.
A Cboe Global Markets Inc. afirmou na segunda-feira que iniciará as negociações de contratos futuros de bitcoin em 10 de dezembro após receber o sinal verde na semana passada da Comissão de Comércio de Futuros de Commodities, órgão regulador de futuros dos EUA.
As notícias surgiram após o CME Group (NASDAQ:CME) anunciar na semana passada que lançaria contratos futuros de bitcoin em 18 de dezembro.
4. Preços do petróleo mantêm sustentação apesar das preocupações com a produção norte-americana
Os preços do petróleo subiam pela segunda sessão consecutiva nesta sexta-feira, já que um aumento da demanda na China neutralizava as preocupações com aumento na produção norte-americana de petróleo.
Na última sexta-feira, a Administração Geral Aduaneira divulgou que as importações de petróleo na China subiram para 9,01 milhões de barris por dia em novembro, o segundo maior nível já registrado.
Os dados foram divulgados após a Administração de Informação de Energia dos EUA revelar, na quarta-feira, um grande aumento nos estoques de combustíveis dos EUA ao passo que a produção doméstica atingiu outro recorde semanal, fazendo quem os preços do petróleo caíssem muito.
Temores de que a crescente produção norte-americana tenha impacto nos esforços da Opep para retirar o excesso de oferta dos mercados têm pesado sobre os ânimos, de acordo com participantes do mercado.
O grupo de produtores, em conjunto com países externos à organização, liderados pela Rússia, chegou a um acordo na semana passada para estender os atuais cortes na produção por mais nove meses até o final de 2018.
Contratos futuros do petróleo bruto West Texas Intermediate avançavam US$ 0,39, ou cerca de 0,69%, para US$ 57,06 o barril às 08h30, afastando-se da mínima de três semanas atingida durante a noite, que foi US$ 55,83.
Além disso, o petróleo Brent, referência para preços do petróleo fora dos EUA, avançava US$ 0,45, ou cerca de 0,72%, para US$ 62,65 o barril.
5. Bolsas globais sobem com sustentação de dados comerciais da China
As bolsas de valores de todo o mundo estavam majoritariamente em alta nesta sexta-feira com a ajuda de melhores ânimos do mercado graças ao progresso da reforma tributária dos EUA e a dados comerciais da China.
Os mercados de capitais do Pacífico Asiático encerraram em alta após dados divulgados na sexta-feira mostrarem que as importações na China subiram mais do que o esperado em taxa anual de 17,7% em novembro, ao passo que as exportações subiram 12,3%.
As bolsas europeias também estavam na sua maioria em alta nas negociações desta sexta-feira, já que a propensão ao risco aumentou globalmente.
Em Wall Street, as bolsas norte-americanas apontavam para uma abertura em alta após o Congresso norte-americano aprovar na quinta-feira uma legislação para financiar temporariamente o governo até 22 de dezembro, antes do prazo de meia-noite desta sexta-feira, o que alimentou esperanças de que a tão esperada reforma tributária norte-americana também será aprovada antes do final do ano.
Na última quarta-feira, membros do Partido Republicano no Senado dos EUA concordaram em negociar com a Câmara dos Representantes o projeto de lei de reforma tributária, sinalizando que os legisladores poderiam chegar a um acordo sobre um projeto final antes do prazo autoimposto de 22 de dezembro.