Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta terça-feira, 28 de novembro, sobre os mercados financeiros:
1. Audiência de confirmação no Senado do próximo presidente do Fed
Mercados aguardavam comentários do próximo presidente do Federal Reserve na busca de novas indicações da possível trajetória da política monetária.
Jerome Powell, escolhido pelo presidente Donald Trump como o próximo presidente do Fed, estará perante a Comissão de Atividade Bancária do Senado às 12h45 em sua audiência de confirmação, que deverá fornecer alguns indícios de como ele planeja comandar o Fed.
Em comentários divulgados antes dessa audiência, na tarde de segunda-feira, Powell afirmou que ele permanecerá no caminho traçado por sua antecessora, Janet Yellen, e continuará a elevar as taxas de juros enquanto permite que o balanço patrimonial gradualmente diminua. Ele acrescentou que o Fed precisaria ter a capacidade de "responder de forma decisiva e com força apropriada" a novas ameaças à economia.
O banco central norte-americano deverá realizar sua última reunião do ano de política monetária em 12 e 13 de dezembro, com futuros da taxa de juros agora apostando em cerca de 100% de chances de um aumento das taxas em dezembro, de acordo com o Monitor da Taxa da Reserva Federal do Investing.com. No entanto, os mercados parecem duvidar da capacidade do banco central elevar as taxas tanto quanto o desejado no ano que vem devido a preocupações com a perspectiva lenta de inflação.
2. Trump se reúne com senadores republicanos em esforço para aprovar reforma tributária
Donald Trump, presidente norte-americano, irá se reunir hoje com senadores do Partido Republicano em seu almoço semanal no Capitólio para discutir os esforços do partido para aprovar a legislação da reforma tributária.
Os senadores Ron Johnson e Bob Corker, ambos membros da Comissão de Orçamento do Senado, afirmaram que poderiam votar contra o pacote tributário em uma audiência na terça-feira; líderes republicanos esperavam enviar a legislação para ser votada no Senado já na quinta-feira.
A oposição deles poderia criar o primeiro grande obstáculo para a reformulação tributária republicana no Senado, onde disputas políticas internas mataram os esforços do partido para derrubar o Obamacare ainda neste ano.
Os republicanos possuem apenas um voto de maioria na comissão orçamentária de 23 membros. O projeto de lei provavelmente estaria morto se houvesse mais de duas deserções republicanas.
O índice dólar, que acompanha a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, estava um pouco mais alto, próximo ao nível de 93.
3. Bolsas globais em diferentes direções com investidores atentos à China
Bolsas de valores de todo o mundo estavam em diferentes direções enquanto as bolsas chinesas permaneciam em foco após declínios recentes.
Os mercados do Pacífico Asiático afastavam-se das máximas da década, já que as bolsas chinesas caíram pela segunda sessão seguida, com a confiança afetada pelo aumento nos rendimentos dos títulos enquanto Pequim intensificava a repressão a riscos financeiros, ameaçando apertar os lucros corporativos.
Na Europa, a maioria das bolsas da região estavam em leve alta no pregão da metade da manhã, já que agentes do mercado comemoravam os resultados do teste de stress do Banco da Inglaterra, que considerou que os banco do Reino Unido poderiam lidar com um Brexit "desordenado".
Em Wall Street, o mercado futuro norte-americano apontava para uma leve alta na abertura. Os principais índices de Wall Street encerram a segunda-feira pouco alterados, recuando modestamente de máximas recordes estabelecidas durante a sessão.
4. Petróleo continua em baixa em meio a dúvidas sobre desfecho da reunião da Opep
Os preços do petróleo caíam pelo segundo dia seguido, com investidores se questionado se a reunião da Opep na quinta-feira irá resultar em uma extensão do pacto de cortes na produção que foi determinado no início desse ano, já que a Rússia emitiu sinais contraditório quanto a apoiar o movimento. Esses cortes na produção deveriam se encerrar em março de 2018.
Menores preocupações com interrupções no abastecimento norte-americano também pesavam após a TransCanada afirmar que seu oleoduto Keystone irá retomar as operações nesta terça-feira em um "nível reduzido" para permitir uma execução do serviço segura e controlada.
O petróleo dos EUA recuava US$ 0,50, ou cerca de 0,8%, com o barril negociado a US$ 57,62, enquanto o petróleo Brent estava cotado a US$ 62,98, queda de US$ 0,40 ou 0,7% a partir de seu último fechamento.
Enquanto isso, o Instituto Americano de Petróleo (API, na sigla em inglês), grupo do setor petrolífero, deve divulgar seu relatório semanal às 19h30 em meio a expectativas de redução de 3,1 milhões de barris nos estoques.
5. Bitcoin mira no nível de US$ 10.000
O preço da moeda digital bitcoin atingiu outra máxima recorde nesta, aproximando-se do patamar simbólico de US$ 10.000 em meio a temores crescentes de uma bolha do ativo.
Na corretora norte-americana Bitfinex, o bitcoin chegou a US$ 9.895,00, o nível mais alto em seus nove anos de história. Estava cotado a US$ 9.850, alta de 1,2% no dia.
O bitcoin, que começou 2017 em cerca de US$ 1.000 e ultrapassou os US$ 5.000 em outubro, subiu quase 900% apenas em 2017 enquanto investidores da moeda digital ignoravam alertas de bolha.
O ethereum, segunda criptomoeda mais valiosa em termos de capitalização de mercado após o bitcoin, estava cotado a US$ 473,26 após ter atingido a máxima recorde de US$ 491,89 na segunda-feira. Neste ano, subiu mais de 5.200%.