Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta quarta-feira, 28 de dezembro, sobre os mercados financeiros:
1. Petróleo continua rali em direção à máxima de 17 meses com iminência dos cortes de produção
Os preços do petróleo ampliaram os fortes ganhos de durante a noite, em meio a pregão fraco no período que antecede o feriado de Ano Novo nesta quarta-feira. Falta menos de uma semana para os maiores produtores de petróleo implementarem o acordo de corte de produção firmado no mês passado.
Apesar do baixo volume, o petróleo bruto está a caminho de registrar uma sequência de 9 dias de valorização seguidos, a maior desde janeiro de 2010.
Os membros da Opep concordaram em diminuir a produção em 1,2 milhão de barris por dia, de forma conjunta, a partir de 1º de janeiro, no primeiro acordo firmado pelo órgão desde 2008.
Seguiu-se ao pacto um acordo entre 11 produtores não membros da Opep, liderado pela Rússia, visando a cortar a oferta em 558.000 barris por dia, levando o número total para quase 1,8 milhão de barris por dia.
O otimismo com o acordo mostrou força nesta quarta-feira, antes do relatório semanal dos estoques de petróleo bruto nos EUA do Instituto Americano de Petróleo (API, na sigla em inglês), que será divulgado mais tarde durante o pregão, seguido do relatório oficial da Administração de Informações Energéticas (EIA, na sigla em inglês) dos EUA, com divulgação marcada para esta quinta-feira.
Os relatórios serão divulgados um dia depois do habitual em virtude do feriado de segunda-feira.
2. Trump assume crédito por confiança do consumidor em contexto de "esperar para ver"
Em um tuíte tarde da noite, o presidente eleito, Donald Trump, assumiu crédito pelo aumento da confiança do consumidor ao maior nível em mais de 15 anos, com os investidores preparados novamente para a marca psicológica de 20.000 do Dow Jones.
O índice de blue chips valorizou cerca de 9% desde o fechamento do mercado no dia das eleições, em 8 de novembro, no que muitos especialistas chamaram de "rali do Trump", com base nas expectativas de que o futuro presidente implementará políticas fiscais que estimularão o crescimento e serão positivas para as ações.
Contudo, os participantes do mercado falharam na tentativa de alcançar a marca psicologicamente importante de 20.000 pontos, com os especialistas sugerindo que Trump precisará caminhar junto com as expectativas para que as ações deem continuidade ao ímpeto de valorização.
"Olhando para 2017, o otimismo solidificado dos consumidores vai depender de se as expectativas vão se cumprir", o relatório sobre a confiança que Trump citou na terça-feira, referindo-se à continuidade do aumento do otimismo após as eleições.
Com muitos investidores ainda aproveitando os feriados, a metáfora pode ser aplicada apropriadamente à confiança do investidor para o novo ano.
Com o Dow ainda abaixo da máxima histórica de 19.987,63 pontos, atingida em 20 de dezembro, o mercado futuro americano sinalizou uma abertura em alta nesta quarta-feira.
3. Dólar continua valorização com vistas a Trump e dados
O dólar americano avançou frente aos principais rivais pelo segundo dia consecutivo nesta quarta-feira, com o número positivo para a confiança do consumidor, divulgado ontem, ainda dando força à moeda.
As expectativas de que as possíveis mudanças políticas da administração de Trump não só estimulem o crescimento econômico, mas também a inflação, influenciando o Federal Reserve a elevar ainda mais a taxa de juros em 2017, levou a um fechamento em 6% de valorização do dólar desde as eleições americanas no início de novembro.
Com apenas as vendas de imóveis residenciais pendentes de novembro na pauta econômica desta quarta-feira, os investidores aguardam o relatório de emprego dos EUA, com divulgação marcada para o dia 6 de janeiro, como os dados que mais podem mexer na confiança na moeda americana.
4. Toshiba afunda 20%, perdendo US$ 5 bilhões de valor das ações
A Toshiba afirmou, no fim da terça-feira, que os excedentes de custo do negócio nuclear nos EUA, a CB&I, adquirida pela empresa no ano passado, significa a possibilidade de "vários bilhões de dólares" de desvalorização contábil.
As notícias colocaram as ações em queda livre de 20%, atingindo o limite de queda diário da bolsa de valores de Tóquio e seguindo uma retração de 12% no dia anterior, após a divulgação dos alertas iniciais.
A queda de dois dias incinerou cerca de US$ 5 bilhões do valor das ações do conglomerado japonês, levando-o abaixo da rival Sharp pela primeira vez em sete anos.
A agência de classificação Standard & Poor's rebaixou a Toshiba, já no território de alto risco, de B para B-, com uma perspectiva "negativa".
5. Diretor de órgão regulador de bancos da China insiste na necessidade de corte do compulsório exigido aos bancos
O diretor da Comissão Regulatória dos Bancos da China, Yu Xuejun, afirmou, nesta quarta-feira, que o montante exigido para o compulsório dos bancos chineses está "alto demais" e insistiu na sua redução no "momento certo", de acordo com um relatório da Shanghai Securities News.
O People's Bank of China (PBOC) manteve o depósito compulsório em 17% desde o final de fevereiro, após quatro reduções em 2016.
Reduzir o compulsório permite que os bancos emprestem mais dinheiro, aumentando a expansão do crédito.