A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) projeta crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços produzidos no país) em 2018 de 4% caso as reformas sejam aprovadas e as concessões e privatizações, deslanchadas. A federação inclusive tentará convencer os prefeitos fluminenses sobre a necessidade da aprovação da reforma da Previdência no Congresso Nacional.
Ao fazer um balanço, o economista-chefe da Firjan, Guilherme Mercês, descreveu este - projeção de crescimento de 4% - como o cenário mais otimista.
Em um cenário base, com a aprovação incompleta das reformas, a economia poderia crescer 3% e na perspectiva mais pessimista, se as reformas não passarem no Congresso, a Firjan prevê crescimento do PIB de 2% para o ano que vem.
“Aprovar a reforma ainda este ano, pelo menos na Câmara, é fundamental para o futuro de 2018. Porque se recomeça a ser discutida em fevereiro, com uma eleição no radar, é um primeiro trimestre que já começa bem diferente do que começaria caso a reforma fosse aprovada em dezembro na Câmara”, disse o economista-chefe.
Reforma da Previdência
O presidente da Firjan, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, disse que a entidade pretende reunir os 92 prefeitos fluminenses na sexta-feira (15) para que eles cobrem os parlamentares no Congresso. O texto aguarda votação no plenário da Câmara dos Deputados e o governo trabalha para votá-lo ainda este ano.
“As contas públicas não se sustentam sem a reforma. Ela não é uma questão de disputa política ou eleitoreira. O sistema previdenciário é falido e injusto”, disse Vieira, na sede da entidade, no centro do Rio de Janeiro.
Para o presidente da Firjan, a sociedade poderá aceitar a reforma previdenciária se o governo conseguir explicar que as mudanças não vão atingir a maioria dos brasileiros. “Pelo contrário, vamos crescer, vamos ter emprego, renda. Uma minoria vai precisar trabalhar um pouco mais. Estamos falando aqui contra privilégios”.
Projeções para RJ
As projeções da Firjan apontam que, este ano, o PIB do estado do Rio de Janeiro vai encolher 1,1%, principalmente puxado pelo setor de comércio e serviços, que ainda estão em queda, ao contrário da indústria fluminense, que deve crescer 3,9%, mais do que a indústria no país, com crescimento previsto de 2,1%. A entidade estima que o PIB do Brasil deve aumentar 0,9% em 2017.