WASHINGTON (Reuters) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) pediu nesta quarta-feira aos líderes do G20, grupo das maiores economias mundiais, para evitar políticas nacionalistas "míopes" e que trabalhem juntos em fóruns para resolver suas diferenças comerciais e econômicas.
Em mensagem antes da primeira cúpula do G20 do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Alemanha esta semana, o FMI informou em nota aos líderes que um sistema comercial aberto e baseado em regras é vital para a prosperidade mundial.
"A busca míope de políticas de soma zero só pode acabar afetando todos os países, como mostra a história", disse o FMI.
"Como as políticas nacionais interagem inevitavelmente em uma série de áreas vitais, criando repercussões fortes entre os países, a economia mundial trabalha muito melhor para todos quando as autoridades se dedicam em diálogo regular e trabalham dentro dos mecanismos acordados para resolver desacordos."
A investida do FMI para manter a cooperação multilateral ocorre conforme a administração Trump considera a imposição de novas tarifas ou cotas para o aço justificando razões de segurança nacional, mudança que não ocorre desde que a Organização Mundial do Comércio (OMC) foi lançada em 1995.
Espera-se que o Departamento de Comércio dos EUA aguarde até a cúpula do G20 nesta sexta-feira e sábado para fazer a revisão das implicações de segurança do setor siderúrgico, parte de um esforço para persuadir a China e outros países a cortar o excesso de capacidade no setor.
O Departamento de Comércio também está trabalhando em um relatório similar sobre a indústria de alumínio, também invocando disposições de uma lei comercial de 1962 nos EUA.
O FMI afirmou que, embora a recuperação econômica global continue em bom estado, com crescimento este ano e no próximo na faixa de 3,5 por cento, as previsões não incluem grande interrupção comercial.
(Reportagem de David Lawder)