Fique por dentro das principais notícias do mercado desta quarta-feira

EdiçãoJulio Alves
Publicado 14.05.2025, 07:37
© Reuters

Investing.com — Os índices futuros das ações nos Estados Unidos operam perto da estabilidade nesta quarta-feira, em um cenário de menor aversão ao risco, à medida que os mercados reavaliam o arrefecimento das tensões comerciais.

Relatos na imprensa indicam que algumas tarifas dos EUA sobre remessas de menor valor enviados da China podem ser reduzidas para até 30%, após o anúncio de uma trégua tarifária entre Washington e Pequim no início da semana.

No Brasil, os investidores avaliarão os dados de volume de serviços para o mês de março.

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1. Futuros dos EUA estáveis

Às 7h30 de Brasília, o Dow Jones e o S&P 500 apresentavam pequenas variações, de -0,04%, enquanto o Nasdaq 100 subia 16 pontos, ou 0,05%, no mercado futuro. Os principais índices de Wall Street encerraram o pregão de terça-feira com desempenho misto, em meio à leitura de dados mensais de inflação abaixo do esperado, embora permaneçam preocupações sobre os efeitos das tarifas mais elevadas nos próximos meses.

As ações da UnitedHealth Group (NYSE:UNH) recuaram de forma expressiva, pressionando o Dow Jones Industrial Average, após a companhia suspender suas projeções anuais e anunciar a saída de seu CEO. Já o Nasdaq Composite, com forte presença de empresas de tecnologia, e o S&P 500 registraram ganhos, com o último retornando ao campo positivo no acumulado do ano pela primeira vez desde fevereiro.

2. Tarifa sobre remessas de menor valor pode cair

O governo dos EUA, sob a liderança de Donald Trump, pretende reduzir a tarifa sobre pacotes de baixo valor importados da China para até 30%, conforme revelou a Reuters. Na segunda-feira, a Casa Branca publicou uma ordem executiva que diminui a taxa para pacotes destinados diretamente ao consumidor, avaliados em até US$ 800, de 120% para 54%, reforçando o otimismo após a trégua comercial anunciada. Uma tarifa fixa de US$ 100 permanece vigente, enquanto um aumento para US$ 200, previsto para junho, foi cancelado.

Segundo a Reuters, empresas como FedEx (NYSE:FDX) e United Parcel Service (NYSE:UPS), que operam envios para varejistas como Shein e Temu, serão submetidas a regras tarifárias distintas. Especialistas do setor informaram que a alíquota padrão para esses pacotes passou a ser de 30%, patamar adotado após negociações intensas no fim de semana que resultaram em corte da tarifa anterior, que superava 145%.

3. Balanços da Cisco e da Sony (NYSE:SONY)

No radar corporativo desta quarta-feira está a publicação dos resultados trimestrais da Cisco Systems (NASDAQ:CSCO). Analistas avaliam como a fabricante de equipamentos tecnológicos vem absorvendo o impacto das tarifas americanas em seus custos e margens. A Vital Knowledge destacou em nota que o sentimento permanece positivo, dado o cenário de demanda consistente por data centers, retorno de capital atraente e avaliação razoável da empresa, embora reconheça que os efeitos tarifários possam pressionar as margens.

No segundo trimestre fiscal, a Cisco elevou sua projeção de receita anual, apoiada pela expectativa de que o entusiasmo em torno da inteligência artificial aumente a procura por equipamentos de rede em nuvem. Empresas clientes têm intensificado os investimentos para aprimorar suas capacidades de IA, ampliando a demanda por roteadores e switches ethernet fornecidos pela Cisco.

Outras empresas que devem divulgar resultados incluem DXC Technology (NYSE:DXC), Hawkins (NASDAQ:HWKN) e Jack In The Box (NASDAQ:JACK).

Já a Sony informou que espera um lucro operacional de 1,28 trilhão de ienes (US$ 8,7 bilhões) no atual exercício fiscal iniciado em abril, embora tenha destacado que esse número será impactado negativamente por uma despesa de 100 bilhões de ienes atribuída às tarifas americanas. A projeção indica estabilidade nas receitas anuais da companhia japonesa, cujas operações abrangem desde entretenimento até semicondutores.

Em comunicado, a empresa afirmou que está reagindo rapidamente às tarifas adicionais já implementadas e estuda alternativas para diferentes cenários futuros. Vale ressaltar que o impacto não considera os efeitos do recente acordo comercial entre EUA e China.

No trimestre encerrado em março, o lucro líquido da Sony cresceu 4,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, alcançando 197,73 bilhões de ienes, superando as expectativas do mercado. As ações da companhia subiram nas negociações da tarde, após queda superior a 3% pela manhã.

4. Petróleo recua após alta nos estoques

Os preços do petróleo recuam levemente nesta quarta-feira, após alcançarem máximas de duas semanas, pressionados pelo aumento inesperado nos estoques nos Estados Unidos.

No momento da redação, os contratos futuros do Brent recuavam 0,1%, cotados a US$ 66,57 por barril, enquanto o WTI caía para US$ 63,62, também com baixa de 0,1%.

Segundo dados do American Petroleum Institute divulgados na terça-feira, os estoques de petróleo bruto nos EUA cresceram 4,3 milhões de barris na semana encerrada em 9 de maio. Os dados oficiais da Administração de Informação de Energia dos EUA serão publicados ainda hoje e devem indicar se a demanda segue enfrentando obstáculos estruturais.

Na véspera, ambos os benchmarks haviam subido mais de 2,5%, sustentados pela suspensão temporária da guerra comercial entre China e EUA, os dois maiores consumidores globais de petróleo, que decidiram reduzir tarifas e estabelecer uma trégua de 90 dias.

5. Volume de serviços no Brasil

No calendário econômico local, teremos logo mais a divulgação dos dados de volume de serviços para o mês de março pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No último relatório, o Brasil registrou um avanço de 0,8% no crescimento do setor em fevereiro, revertendo a queda de janeiro e superando as expectativas do mercado. O grande destaque ficou com o segmento de informação e comunicação, que registrou alta de 1,8%.

Na comparação anual, o crescimento em fevereiro foi de 4,2%, embora o setor ainda opere 1% abaixo do pico alcançado em outubro de 2024.

O Ibovespa encerrou o pregão de terça com alta de 1,76%, aos 138.963,11 pontos, renovando recordes históricos, tanto no fechamento quanto na máxima intradiária, em um dia repleto de anúncios de resultados trimestrais. O movimento refletiu, ainda, a trégua comercial entre EUA e China e dados de inflação ao consumidor nos EUA abaixo do esperado.

A temporada de balanços continua, e você pode conferir os números já divulgados e os próximos neste link.

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