O ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, disse há pouco, na abertura do Fórum de Debates sobre Políticas de Trabalho, Emprego, Renda e Previdência Social, que o encontro traduz a importância que o governo dá ao temas do crescimento e a reforma da Previdência.
“Que possamos realizar uma plenária construtiva, produtiva. Temos capacidade de enfrentar os dois grandes temas pautados para nosso encontro em torno das agendas do desenvolvimento e crescimento e da previdência”, disse Rossetto para representantes do Congresso, de entidades sindicais e empresariais que fazem parte do fórum, no Palácio do Planalto.
Para o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, é construtivo quando um fórum consegue colocar “a nossa verdade” ao lado de outras verdades e chegar à verdade da democracia. “Como a própria presidenta [Dilma Rousseff] gosta de dizer, o momento é tão duro e tão difícil para todos nós, que nós não temos o direito de desperdiçá-lo olhando para nós mesmos. Que as nossas paixões, sempre bem-vindas, sejam limitadas pela racionalidade necessária para o diálogo”.
Na avaliação do ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, esse é um “momento muito precioso” para o debate público brasileiro: “Nós vivemos, depois de mais de uma década em que as condições macroeconômicas nacionais e internacionais propiciaram uma série de conquistas importantes, a partir do final de 2014 mudança muito rápida de perspectivas da economia internacional. Nós estamos vivendo um momento de reorientação de estratégias empresariais, dos trabalhadores, do mercado de trabalho, mercado consumidor, comércio exterior”
Com a promessa de ouvir diferentes posições antes de definir uma proposta, o governo começa hoje (17) a discutir a reforma da Previdência. A intenção é ouvir as sugestões das centrais sindicais e dos representantes dos empresários, para enviar, até o fim do primeiro semestre, proposta ao Congresso Nacional para apreciação dos parlamentares.
De acordo com integrantes do governo que participam dos debates, o tema será inserido no contexto de uma “agenda de crescimento”, a ser apresentada aos integrantes do Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho e Renda e de Previdência Social. Será a terceira vez que o fórum vai se reunir e desta vez o objetivo do governo é dar respostas à pauta apresentada pelos trabalhadores e o setor empresarial em dezembro, quando divulgaram o documento Compromisso pelo Desenvolvimento, sugerindo propostas como a retomada de investimentos e o aumento da produção.
Em janeiro, a presidenta Dilma Rousseff disse que o país terá que “encarar a reforma da Previdência” e que “não é possível que a idade média de aposentadoria no Brasil seja 55 anos”, já que a expectativa de vida dos brasileiros está aumentando.