A Georgia Tech anunciou o término de suas parcerias de pesquisa e educacionais em Tianjin e Shenzhen, na China. A decisão, divulgada na sexta-feira, ocorre após a universidade americana enfrentar questionamentos do Congresso sobre suas colaborações com entidades potencialmente ligadas ao exército chinês.
O comitê selecionado da Câmara dos Representantes sobre a China havia solicitado anteriormente informações da Georgia Tech sobre sua pesquisa conjunta em semicondutores com a Universidade de Tianjin. Esta instituição chinesa, juntamente com suas afiliadas, foi incluída na lista de restrições de exportação do Departamento de Comércio dos EUA em 2020 por atividades consideradas contrárias aos interesses de segurança nacional dos EUA.
Abbigail Tumpey, porta-voz da Georgia Tech, comunicou por e-mail que a universidade vem reavaliando suas operações na China desde que a Universidade de Tianjin foi adicionada à lista de entidades. Tumpey observou que, apesar de ampla oportunidade, a Universidade de Tianjin não retificou as questões que levaram à sua listagem, tornando a parceria insustentável.
A Georgia Tech, reconhecida por seus programas de engenharia e como importante beneficiária de fundos do Departamento de Defesa dos EUA, se retirará do Georgia Tech Shenzhen Institute (GTSI). No entanto, a escola garante que os aproximadamente 300 alunos atualmente matriculados em programas no instituto poderão concluir seus diplomas.
Liu Pengyu, porta-voz da embaixada chinesa em Washington, criticou as ações dos EUA, classificando-as como uma campanha de difamação injustificada e se opondo à politização da cooperação educacional.
No início deste ano, a Georgia Tech destacou um avanço de seus pesquisadores que desenvolveram o primeiro semicondutor funcional do mundo a partir do grafeno, sugerindo potenciais avanços revolucionários em eletrônica e computação.
A tensão contínua entre os EUA e a China sobre semicondutores — um campo com aplicações civis e militares críticas — reflete a rivalidade geopolítica mais ampla entre as duas nações. O comitê selecionado apontou que o centro de pesquisa de Tianjin está conectado a uma empresa que fornece materiais para o Exército de Libertação Popular da China (PLA).
Um cientista da Georgia Tech envolvido no projeto de Tianjin defendeu a transparência e conformidade legal da pesquisa. Enquanto isso, a representante dos EUA Virginia Foxx expressou alívio com a decisão da Georgia Tech de encerrar a parceria e encorajou outras universidades a fazerem o mesmo.
Esta ação da Georgia Tech faz parte de um esforço mais amplo dos EUA para intensificar o escrutínio da influência da China e das transferências de tecnologia dentro das instituições de ensino superior americanas. A administração Biden encerrou a Iniciativa China, um programa da era Trump destinado a prevenir espionagem chinesa e roubo de propriedade intelectual, depois que enfrentou críticas por perfilamento racial e por dificultar a pesquisa científica.
Reuters contribuiu para este artigo.
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