BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, afirmou nesta quarta-feira que o governo federal autorizou a criação de um grupo de trabalho no Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, o chamado "Conselhão", para debater causas e saídas para os juros altos no país.
A criação do grupo foi confirmada pelo governo posteriormente, por meio de nota.
“Hoje reiteramos com o presidente Lula, que autorizou que formalizássemos uma frente, um fórum para debater as causas elevadas dos juros bancários”, disse Sidney em entrevista a jornalistas após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e representantes do setor bancário.
Sidney afirmou que juros elevados não são de insteresse do setor bancário e representam riscos para o crédito e a inadimplência.
"O que nós queremos é que a economia possa ser previsível, estável, com inflação controlada. Nós ansiamos para que o Banco Central possa, assim que possível, reiniciar o ciclo de queda da taxa de juros", afirmou.
"Nosso desejo enquanto setor bancário é que a gente possa ter juros na economia mais baixos, juros bancários e spreads mais baixos e, com isso, a gente consiga democratizar o acesso ao crédito."
Segundo Padilha, o grupo de trabalho deve ser efetivado ainda este mês e será integrado por representantes da Fazenda, do Banco Central, da Febraban e de bancos públicos e privados.
(Por Victor Borges)