Seul, 9 nov (EFE).- O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, anunciou nesta sexta-feira as substituições do ministro de Finanças e de seu principal assessor econômico como reposta ao mau desempenho da economia e às desavenças internas sobre as fórmulas para corrigir a situação.
Moon nomeou Hong Nam-ki como titular de finanças, um tecnocrata que até agora tinha trabalhado como chefe de coordenação política para o primeiro-ministro, em substituição de Kim Dong-yeon, segundo detalhou o escritório presidencial em comunicado.
Além disso, Moon destituiu também Jang Ha-sung, chefe de gabinete para política econômica, e nomeou no seu lugar aquele que até hoje tinha sido seu secretário de assuntos sociais, Kim Soo-hyun.
Jang é considerado o arquiteto da política de crescimento baseado no aumento da receita média com o objetivo de impulsionar o consumo e reduzir as grandes desigualdades do país, uma fórmula que Moon embandeirou desde sua chegada ao poder em maio do ano passado.
Esta política trouxe aparelhadas medidas muito controversas entre os sul-coreanos, como o aumento do salário mínimo em 16% e em 11% em 2017 e em 2018, respectivamente.
Essa medida atingiu com dureza o setor de serviços e a indústria manufatureira e freou quase totalmente a criação de emprego desde o verão.
Membros do atual governo demonstraram publicamente sua desavença com Jang na hora de dar continuidade a esta política, que está desgastando a popularidade do presidente, cuja taxa de aprovação nas pesquisas está caindo há um mês e hoje ronda 55%.
A estes fatores se une um arrefecimento da quarta maior economia da Ásia - cujas previsões de crescimento para este ano diminuíram dois décimos até ficar em 2,7% - nos últimos meses devido aos efeitos da crise entre China e Estados Unidos, os dois principais parceiros comerciais da Coreia do Sul.