BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Michel Temer afirmou nesta quarta-feira que os líderes da base aliada estão trabalhando para tentar votar o projeto que remaneja recursos para cobrir a inadimplência da Venezuela e de Moçambique em operações nas quais o Brasil é o garantidor de crédito, mas a votação pode ficar para a próxima segunda-feira.
"Os líderes fazendo um esforço para votar. Se não der hoje, será na segunda", disse o presidente ao chegar ao Itamaraty para almoço com o presidente do Suriname, Desiré Bouterse.
O crédito extraordinário libera cerca de 1,5 bilhão de reais para que o governo possa honrar empréstimos de Venezuela e Moçambique com os bancos Credit Suisse e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) dos quais o Brasil é garantidor.
O país tem até o dia 8 de maio para efetuar o pagamento ou pode ser considerado inadimplente perante a banca internacional.
A preocupação do governo é conseguir quórum para votações. Semanas como esta, com feriados, costumam dificultar o quórum porque muitos parlamentares nem mesmo aparecem em Brasília.
A votação do crédito precisa ser feita até segunda, dia 7, para que o governo possa fazer o pagamento na terça, dia 8.
(Reportagem de Lisandra Paraguassu)