(Reuters) - O telefone celular do ministro da Economia, Paulo Guedes, foi hackeado e será solicitada a intervenção da Polícia Federal no caso, informou a assessoria de imprensa do ministro.
"Por favor, desconsiderem toda e qualquer mensagem vinda do número dele e das pessoas do gabinete", disse a assessoria em nota enviada a jornalistas na noite de segunda-feira.
Nesta manhã, a assessoria explicou "que está sendo apurada a possível invasão do telefone do ministro" e que será enviado um ofício ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, para que acione a Polícia Federal.
De acordo com a assessoria, vários jornalistas receberam mensagens e ligações em nome do ministro por meio do aplicativo Telegram.
"O Ministério da Economia ressalta que o ministro nunca teve conta nesse serviço e pede para que desconsiderem qualquer mensagem recebida do número antigo do ministro, que já será desativado", completou a nota divulgada nesta terça-feira.
Guedes torna-se mais uma autoridade a ser afetada por ataques do tipo. Em junho, Moro participou de audiência no Senado para explicar supostas trocas de mensagens por aplicativo de celular quando era juiz com procuradores da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, noticiadas pelo site The Intercept Brasil.
Integrantes do Ministério Público Federal (MPF) também sofreram ataques cibernéticos, incluindo o coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Paraná, Deltan Dallagnol.