🤑 Não fica mais barato. Garanta a promoção com 60% de desconto na Black Friday antes que desapareça...GARANTA JÁ SUA OFERTA

Iberoamérica se reúne em contexto econômico de baixo crescimento e incerteza

Publicado 13.11.2018, 18:44
Iberoamérica se reúne em contexto econômico de baixo crescimento e incerteza

María M. Mur.

Cidade do Panamá, 13 nov (EFE).- A 26ª edição da Cúpula Ibero-Americana será realizada nesta semana em Antigua, na Guatemala, em um contexto econômico de baixo crescimento na América Latina, preocupação com Brasil, Argentina e Venezuela, e de consolidação da recuperação de Espanha e Portugal.

A América Latina encerrará 2018 com um crescimento conjunto de 1,2%, um décimo percentual a menos do que o número registrado em 2017. Para 2019, a projeção do Fundo Monetário Internacional (FMI) é de expansão econômica de 2,2%, apesar da revisão das previsões no relatório de outubro do órgão.

A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) também revisou para baixo as expectativas e prevê que a região crescerá 1,3% neste ano e 1,8% para 2019.

Os ajustes se devem à preocupação com a crise na Argentina, provocada pela forte instabilidade cambial que levou o governo do país a pedir um empréstimo de US$ 57,1 bilhões ao FMI.

A economia argentina recuará 2,6% neste ano e 1,6% em 2019, segundo o FMI. A Cepal é mais pessimista e calcula uma retração de 2,8% do Produto Interno Bruto (PIB) do país já em 2018.

O Brasil também é motivo de incerteza, apesar das previsões de crescimento de 1,4% em 2018. Os efeitos da grave crise de 2015 e 2016 ainda não foram totalmente superados. O índice de desemprego e o déficit fiscal, que precisará ser controlado pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, também preocupam, segundo analistas.

Já a Venezuela terá uma retração de 18% do PIB em 2018, de acordo com os cálculos do FMI.

Quem também se unirá ao grupo de países com dificuldades econômicas neste ano é a Nicarágua. Graças à crise política iniciada em abril do ano passado, a economia do país recuará 4%.

Mas as expectativas econômicas da América Latina são muito heterogêneas e há países que registrarão elevadas taxas de crescimento apesar dos cenários regional e internacional.

Os países que mais crescerão neste ano são a República Dominicana (5,8%), Panamá (4,8%) e o Paraguai (4,6%), segundo a Cepal. Mais atrás no ranking estão Bolívia (4,3%), Peru (3,9%), Chile (3,9%), Colômbia (2,7%), México (2,2%), Uruguai (1,9%) e Equador (1%).

A Espanha crescerá mais do que as principais economias da Europa, à frente de Alemanha, França e Reino Unido. O FMI calcula um avanço do PIB espanhol de 2,7% em 2018 e 2,2% em 2019. Portugal é visto com o mesmo otimismo, com previsão de crescimento de 2,3%, consolidando a recuperação da crise que abalou os dois países há dez anos.

Apesar das incertezas e do contexto econômico de baixo crescimento de Brasil e Argentina, o comércio entre América Latina e a península ibérica atravessa um bom momento.

No ano passado, a Espanha exportou 15,2 bilhões de euros para os países latino-americanos, 12,7% a mais que 2016. As importações chegaram a 16,9 bilhões, o que representa um aumento de 25% em relação ao ano anterior, segundo o governo espanhol.

Como membros da União Europeia (UE), Espanha e Portugal têm acordos comerciais assinados com países como Chile e México, além de tratados com blocos econômicos na América Central e com o eixo Colômbia-Peru-Equador.

A UE, além disso, encara a reta final das negociações de um tratado de livre-comércio com o Mercosul. E representa também uma fonte de investimento muito importante para a América Latina. Em 2017, o bloco se consolidou como maior investidor da região, com 42% do total, sendo seguido pelos EUA, com 28%, segundo dados da Cepal.

A Cepal alertou, no entanto, que o investimento estrangeiro direto (IED) na América Latina caiu pelo terceiro ano seguido em 2017, ficando em US$ 161,6 bilhões. Os analistas apontam como motivos da queda a incerteza provocadas pelas correntes protecionistas e o recuo dos preços das matérias-primas.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.