ANCARA (Reuters) - A Justiça do Irã disse neste domingo que um ativista iraniano-canadense cometeu suicídio na prisão devido ao peso das evidencias contra ele em um caso de espionagem, informou a agência de notícias iraniana.
O filho de Kavous Seyed-Emami escreveu no Twitter no sábado que seu pai, preso em 24 de janeiro, havia morrido na prisão.
O ativista ambiental Seyed-Emami, de 63 anos, e portador de dupla nacionalidade, era professor de sociologia na Universidade Imam Sadegh, no Irã.
"É impossível entender a notícia da morte do meu pai", disse o filho, Raam Emami. "Eu ainda não consigo acreditar". A família solicitou uma autópsia independente, ele disse.
Seyed-Emami era o diretor administrativo da Persian Wildlife Heritage Foundation, que visa proteger espécies raras do Irã e havia estudado sociologia nos Estados Unidos.
"Ele era réu em um caso de espionagem e infelizmente cometeu suicídio na prisão porque sabia que muitos confessaram contra ele e devido à sua própria confissão", disse o promotor Abbas Jafari-Dolatabadi à agência de notícias ILNA, que é semi-oficial.
No sábado, Jafari-Dolatabadi disse que as forças de segurança do Irã haviam prendido várias pessoas que estavam "reunindo informações sigilosas sobre áreas estratégicas... sob o disfarce de projetos científicos e ambientais".
As autoridades chamaram a esposa de Seyed-Emami na sexta-feira para dizer que seu marido havia cometido suicídio na prisão de Evin, em Teerã, disse seu filho no Twitter.
(Por Parisa Hafezi)