CHARLOTTESVILLE, Estados Unidos (Reuters) - Nacionalistas brancos confrontaram manifestantes opositores em Charlottesville, Virginia, neste sábado, antes de um evento para protestar contra a remoção de uma estátua de um general confederado que os críticos dizem que glorifica a era da escravidão.
A briga começou no centro da cidade, antes do meio-dia, quando centenas de pessoas, algumas usando símbolos de extremistas brancos e carregando bandeiras de batalha Confederadas, foram enfrentadas por um número quase igual de manifestantes contrários. Os confrontos começaram na noite anterior, resultando em pelo menos uma prisão.
Logo após a briga, o governador da Virgínia, Terry McAuliffe, declarou estado de emergência na cidade, sede do principal campus da Universidade da Virgínia. A reunião foi declarada "uma assembleia ilegal", permitindo que a polícia dispersasse os manifestantes.
Muitos dos combatentes de ambos os lados usavam capacetes e seguravam escudos. Os membros da milícia na cidade carregavam rifles, embora nenhum tiroteio tenha sido denunciado.
"Vocês não nos apagarão", cantou uma multidão de nacionalistas brancos, enquanto os manifestantes contrários levavam cartazes que diziam: "Nazi vai para casa" e “Destrua a supremacia branca".
Depois que a multidão foi dispersada, dezenas de agentes da lei vestidos com equipamentos de proteção foram vistos patrulhando as ruas, com pequenos grupos de manifestantes reunidos em bolsões nas ruas circundantes.
Duas pessoas ficaram feridas em confrontos no sábado, informou a polícia estadual da Virgínia no Twitter. As autoridades locais não puderam ser encontradas imediatamente para comentar.