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Mesmo sem ter votos necessários, governistas veem cenário melhor para aprovar reforma da Previdência

Publicado 05.12.2017, 07:10
© Reuters. Vista geral da Câmara dos Deputados em Brasília

Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) - O governo do presidente Michel Temer e aliados no Congresso começam a enxergar um cenário melhor para tentar votar a nova versão da reforma da Previdência, embora ainda não tenham os apoios necessários para aprová-la na Câmara, afirmaram fontes consultadas pela Reuters.

A mudança de humor, dizem, ocorreu após a rodada de conversas que Temer capitaneou no fim de semana com o objetivo de conquistar apoio de presidentes e líderes de partidos à reforma.

Na semana passada, o governo chegou a trabalhar pela votação em primeiro turno da proposta nesta quarta-feira, mas, com a base desmobilizada, mudou a estratégia e decidiu trabalhar durante mais uma semana para conquistar votos da base à proposta.

Segundo uma fonte palaciana, os dirigentes partidários agora estão mais comprometidos em defender a aprovação da reforma da Previdência com suas respectivas bancadas. O trabalho agora é convencer os deputados da necessidade de votar o texto do deputado, Arthur Oliveira Maia (PPS-BA).

Um indicativo de maior apelo à proposta, lembrou a fonte, foi a sugestão feita pelo presidente do PTB, Roberto Jefferson, em almoço com Temer e outros comandantes de partido de que as legendas fechem questão em relação à reforma. Quando isso ocorre, o deputado que não segue a orientação partidária pode ser punido até mesmo com a expulsão.

Seria uma evolução, uma vez que, na semana passada, questionado pela Reuters, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que não se pode ter "ilusões ingênuas" sobre isso.

"Se fôssemos propor fechamento de questão sobre esse tema, não seria bem-sucedido, porque sabemos que não vai ter 100 por cento e isso criaria constrangimento desnecessário", disse Padilha, na ocasião.

Jefferson também defendeu no encontro com Temer e dirigentes que os partidos não aceitem deputados que votarem contra a reforma durante a janela para troca de legenda no próximo ano. O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), concordou com as duas sugestões dele, embora a maioria dos presentes tenha se comprometido apenas com dar apoio à proposta, sem fechamento de questão.

Mas nota divulgada pelo próprio Jefferson, nesta segunda-feira, afirma que a Executiva Nacional do PTB "orienta" os deputados federais e senadores do partido a votarem pela aprovação da reforma, sem menção alguma a fechamento de questão.

Até o momento, os governistas ainda não iniciaram o chamado "pente fino" na base para saber se já contam com mais do que os 308 votos necessários para aprovar a nova Previdência.

Segundo uma fonte palaciana, os dirigentes de partidos vão se reunir nesta quarta-feira mais una vez, em novo jantar, para conversar sobre o apoio dos deputados à proposta e se eles são suficientes para colocar o texto em votação, em primeiro turno, na quarta-feira da próxima semana, dia 13.

O líder do DEM na Câmara, Efraim Filho (PB), admite que o ambiente para a votação melhorou, mas destacou que é preciso alinhar o "pensamento" dos líderes e presidentes de partido com os deputados da base. "Nosso maior desafio é buscar os 40 votos que a gente precisa fora da base de apoio na votação da denúncia", calculou Efraim Filho.

Para isso, disse uma fonte palaciana, será preciso contar com os apoios do PSDB, que deverá romper com o governo no sábado, em convenção partidária. O Planalto também admite estar com dificuldades para garantir apoios consistentes no PR e no PSD, dois partidos do centrão.

A jornalistas após participar de evento em São Paulo, o presidente da Câmara fez um prognóstico melhor para a reforma do que nos últimos dias.

“Otimista não dá ainda para ser otimista. No sábado eu estava pessimista, com a reunião de domingo agora eu estou realista. Acho que a gente tem um caminho”, disse Rodrigo Maia. Mais tarde, no Rio de Janeiro, o deputado disse que a base "agora está organizada e vamos contar voto".

© Reuters. Vista geral da Câmara dos Deputados em Brasília

(Reportagem adicional de Natália Scalzaretto, em São Paulo, e Rodrigo Viga Gaier, no Rio de Janeiro)

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