Por Guglielmo Mangiapane
(Reuters) - O navio da organização não governamental Sea-Watch entrou em águas italianas nesta quarta-feira com 42 migrantes a bordo, desafiando uma ordem do governo da Itália para se manter longe do país, o que provocou a ira do ministro do Interior, Matteo Salvini.
A capitã do barco de propriedade alemã, que carrega a bandeira holandesa, decidiu ir para a ilha de Lampedusa porque a situação a bordo estava "mais desesperadora do que nunca", disse o grupo em um comunicado.
O comunicado dizia que a comandante, identificada apenas como Carola, sentiu que a legislação de emergência marítima permitia que a embarcação entrasse nas águas italianas.
Em sua primeira reação, Salvini demonstrou indignação. "Eles não estão autorizados a atracar, estou pronto para enviar a polícia", disse em um vídeo no Facebook. Em declaração posterior, ele chamou a ONG de "um navio fora da lei", acrescentando que a Itália pediu ao governo holandês para assumir a responsabilidade pelos migrantes a bordo.
Pouco depois de o navio ter entrado sem permissão no mar italiano, barcos da guarda costeira do país saíram de Lampedusa para acompanhar a embarcação.