Por Marc Jones
LONDRES (Reuters) - Os investidores venderam a maior quantidade de ativos de mercados emergentes no mês passado desde 2013, quando o Federal Reserve sugeriu pela primeira vez a redução de seu programa de estímulo pós-crise, mostraram dados de fluxos financeiros.
Os números do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês), que acompanha o que os investidores compram e vendem, estimou que 17,1 bilhões de dólares foram retirados dos ativos de mercados emergentes em outubro, também o quarto pior mês desde que os registros começaram em 2005.
Em um cenário de instabilidade do comércio e crescimento chinês, os investidores estrangeiros retiraram 12,3 bilhões de dólares dos mercados de ações emergentes da Ásia, distribuídos amplamente em toda a região.
A China, que havia sido uma fonte de força para os fluxos de mercados emergentes neste ano, registrou a maior parte das vendas mensais de ações desde uma pequena desvalorização em 2015.
"As vendas no mercado acionário começaram no início de outubro, desencadeando um alerta de fluxo em 8 de outubro. A China, juntamente com outros principais mercados emergentes na cadeia de fornecimento global, foi atingida com grandes vendas decorrentes da guerra comercial entre os EUA e a China", informou o relatório do IIF.
Em contraste com as ações, o aumento dos rendimentos atraiu compras de 9,5 bilhões de dólares para os mercados de dívida emergentes, uma máxima de seis meses.