WASHINGTON (Reuters) - O painel de eficiência governamental proposto por Elon Musk vai buscar funcionários de "QI elevado" e planeja transmissões semanais ao vivo, de acordo com postagens no X sobre a iniciativa do presidente eleito Donald Trump de simplificar a burocracia dos EUA.
Trump nomeou na terça-feira Musk, o CEO bilionário da Tesla (NASDAQ:TSLA), e o ex-candidato presidencial republicado Vivek Ramaswamy para liderarem o painel. A missão deles é propor cortes drásticos na força de trabalho, nas regulamentações e nos gastos do governo federal.
Dadas as alegações ambiciosas feitas por Musk e Trump sobre a capacidade do painel de transformar o governo dos EUA, o grupo recebeu ampla publicidade e interesse em como a novidade operará.
Ramaswamy disse no X na sexta-feira que as transmissões semanais ao vivo começarão em breve. Antes da eleição presidencial da semana passada, Ramaswamy, que é empresário do ramo farmacêutico, e Musk falavam sobre governo e a cultura americana em transmissões ao vivo no X, que é de propriedade de Musk.
Na quinta-feira, os dois solicitaram currículos de "revolucionários com QI super alto e a favor do Estado mínimo dispostos a trabalhar mais de 80 horas por semana em cortes de custos nada glamorosos". O apelo foi postado no X por uma conta nova do painel de eficiência.
Em um discurso na quinta-feira à noite em seu resort Mar-a-Lago, na Flórida, Trump disse que o órgão emitirá relatórios individuais sobre seu trabalho e "um grande relatório" no final, que está previsto para 4 de julho de 2026.
Ramaswamy tem falado frequentemente sobre os segmentos do governo dos EUA em que ele vê a necessidade de mudanças extensas.
Por exemplo, ele disse no X na sexta-feira que há muita burocracia levando a menos inovação e a custos mais altos na Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês), na Comissão Regulatória Nuclear e em "inúmeras outras agências de 3 letras".
Não ficou claro se o painel será um órgão oficial do governo ou um grupo consultivo externo. Comissões federais são obrigadas a realizar audiências públicas.
O Congresso tem poder sobre o orçamento federal sob a Constituição, então qualquer corte de gastos importante requer aprovação dos legisladores.
(Reportagem de Chris Sanders)