- Bitcoin tocou nova máxima, mas enfrenta forte correção desde então;
- Vendas foram desencadeadas por postura mais rígida do Fed;
- Região de suporte é vital para retomada.
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O bitcoin iniciou a semana com otimismo, alcançando um novo recorde próximo a US$ 108.000, apoiado por declarações positivas do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre o potencial da criptomoeda como ativo de reserva. O entusiasmo, contudo, se dissipou no meio da semana, com a postura rígida do Federal Reserve gerando uma correção no mercado e interrompendo o ímpeto do bitcoin.
Enquanto os investidores aguardavam a decisão do Fed, o mercado já havia precificado um corte de 25 pontos-base na taxa de juros, mas a incerteza pairava sobre o discurso de Jerome Powell. Suas declarações revelaram uma perspectiva mais restritiva, alterando as expectativas.
Os comentários de Powell, incluindo um alerta sobre cortes futuros nas taxas de juros e o aumento nas projeções de inflação, causaram forte impacto nos ativos de risco, provocando um movimento de venda. Suas críticas ao bitcoin também contribuíram para a queda, levando os investidores a buscar ativos considerados mais seguros.
Mercado reage com liquidação em massa
O resultado foi uma inversão acentuada no preço do bitcoin, que vinha operando em níveis de sobrecompra desde novembro. As ações do Fed agiram como um catalisador para realização de lucros, e o pânico rapidamente tomou conta do mercado. Ao final da semana, o bitcoin perdeu 7% de seu valor, enquanto altcoins sofreram ainda mais, com uma queda de 15% na capitalização total. Apesar disso, a dominância de mercado do bitcoin aumentou, subindo de menos de 55% há duas semanas para 60%. A capitalização geral do mercado de criptomoedas, contudo, recuou para US$ 3,3 trilhões, marcando um ponto crucial.
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Níveis de suporte críticos para o bitcoin
A criptomoeda rompeu um importante nível de suporte, sinalizando a possibilidade de novas quedas. Desde meados de novembro, o bitcoin estava em um canal ascendente, mas essa tendência de alta foi interrompida pela postura mais dura do Fed.
O suporte principal estava em US$ 98.750, e sua quebra levou a um teste de US$ 95.000 ao final da semana. Caso o bitcoin não consiga sustentar esse nível, pode recuar para US$ 92.800, com possíveis perdas adicionais até US$ 88.000 ou até mesmo US$ 83.000.
Para uma possível recuperação, a faixa entre US$ 92.800 e US$ 95.500 será crucial. Se o bitcoin conseguir permanecer nesse intervalo durante o final de semana, há chances de um movimento de alta. Contudo, para inverter a tendência, será necessário recuperar o nível de US$ 98.750 e, eventualmente, superar a marca de US$ 100.000. A incapacidade de fazer isso pode aumentar ainda mais a pressão vendedora, puxando o preço para baixo.
Perspectivas para o mercado de criptomoedas
Embora o ciclo atual lembre o padrão do ano passado, ainda é incerto se o bitcoin poderá evitar um destino semelhante. Em 2024, um período de consolidação resultou em uma alta alimentada por cortes de juros do Fed e o lançamento de ETFs de bitcoin. Para 2025, a postura pró-cripto de Trump, combinada com a redução da inflação e dados mais brandos do mercado de trabalho, pode criar condições para outra valorização. Se esses fatores se alinharem, o bitcoin pode retomar sua trajetória de alta, apesar das correções de curto prazo.