PEQUIM (Reuters) - A política fiscal da China tem "amplo espaço" para sustentar a economia, disse o principal pesquisador do banco central em uma coluna de opinião nesta sexta-feira, acrescentando que a política econômica não tem sido suficientemente ativa.
A meta de déficit orçamentário da China este ano de 2,6 por cento indica uma política fiscal contracionista este ano e o déficit real deste ano deve ser maior do que os 3 por cento do ano passado, escreveu Xu Zhong, chefe de pesquisa do Banco do Povo da China, para o site financeiro Wallstreetcn.com.
As autoridades chinesas há tempos afirmam que a China manterá uma política fiscal proativa.
O governo deve usar fundos fiscais para reabastecer o capital das instituições financeiras estatais e aliviar a pressão na desalavancagem do mercado financeiro, escreveu Xu.
Os comentários de Xu ecoam a declaração de economistas de que a China pode implantar uma política fiscal muito mais ativa e aperfeiçoar sua política monetária para sustentar o crescimento, em meio à desaceleração da segunda maior economia do mundo no momento em que amplia a repressão aos riscos financeiros e enfrenta uma guerra comercial com os Estados Unidos.
"A política fiscal da China não pode ser ativa se ainda mantiver um limite para a dívida do governo local", escreveu Xu.
Os reguladores chineses estão no terceiro ano de uma campanha para reprimir práticas de empréstimo mais arriscadas. O chamado setor bancário paralelo tem sido uma dor de cabeça particular.
(Por Stella Qiu)