Por Stanley White
TOKYO (Reuters) - O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, prometeu nesta segunda-feira avançar com o aumento do imposto nacional sobre vendas em outubro do próximo ano.
Abe disse que o governo vai considerar incentivos fiscais para compras de bens duráveis, como carros e residências, e criará um esquema para aliviar o fardo sobre as pequenas empresas e pequenos varejistas, uma vez que o imposto sobre vendas subiu de 8 para 10 por cento.
O governo vai isentar os alimentos do aumento dos impostos, mas ainda há preocupações persistentes de que esta elevação possa afetar os gastos dos consumidores e reduzir o crescimento econômico.
"Estamos programando aumentar o imposto sobre vendas para 10 por cento, de 8 por cento, em outubro de 2019", disse Abe, segundo um comunicado.
"Temos que enfrentar os problemas causados por nossa sociedade envelhecida e construir um sistema de bem-estar sólido fiscalmente."
O governo precisa de uma receita fiscal extra para pagar os custos crescentes dos cuidados de saúde com o rápido envelhecimento da população.
O Japão tem a maior carga de dívidas do mundo, com mais que o dobro do tamanho de sua economia de 5 trilhões de dólares, deixando suas finanças públicas em uma posição precária.
No entanto, mesmo o menor aumento nas taxas de impostos pode ter consequências profundas e duradouras para as famílias japonesas preocupadas com os preços.
Além da comida, o governo vai isentar as bebidas vendidas do aumento de impostos, o que significa que os varejistas podem continuar a vender tais produtos com a taxa atual de 8 por cento.
O governo usará metade da receita gerada pelo aumento de impostos para subsidiar os custos de educação, disse Abe no comunicado.