BAGDÁ (Reuters) - O primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, disse que serão necessários três meses para eliminar o Estado Islâmico, à medida que forças apoiadas pelos Estados Unidos lutam para retirar o grupo militante de seu reduto urbano em Mosul.
Abadi havia dito previamente que a cidade seria retomada até o final deste ano, mas comandantes culpam o ritmo mais lento necessário para proteger civis. A maioria dos civis ficaram em suas casas e não deixaram a cidade, como era esperado.
"Condições indicam que o Iraque precisa de três meses para eliminar o Estado Islâmico", disse Abadi segundo a TV estatal.
Em mais de dois meses de operação, soldados da elite iraquiana retomaram um quarto de Mosul, mas entraram em uma planejada "renovação operacional" neste mês.
Um comandante dos Estados Unidos disse à Reuters na segunda-feira que forças iraquianas vão retomar a ofensiva nos próximas dias, em uma nova fase da operação que terá tropas norte-americanas enviadas mais próximas ao fronte dentro da cidade.
Mosul, a maior cidade controlada pelo Estado Islâmico no que foi um vasto território que o grupo tinha no Iraque e na Síria, é mantida pelos jihadistas desde junho de 2014.
A queda provavelmente termina com a ambição do Estado Islâmico de governar milhões de pessoas em um califado auto-declarado, mas os combatentes ainda podem montar uma insurgência mais tradicional no Iraque, e organizar ou inspirar ataques no Ocidente.
(Reportagem de Saif Hameed) 2016-12-27T154505Z_1_LYNXMPECBQ0LE_RTROPTP_1_IRAQUE-PREMIE-ELIMINAR-ESTADOISLAMICO.JPG