TAIPEI - Em um próximo discurso do dia nacional, o presidente de Taiwan, Lai Ching-te, planeja acusar a China de causar "caos" ao empregar várias táticas para assediar a ilha. O discurso, que será proferido na quinta-feira, abordará a "situação complexa" que Taiwan enfrenta devido às ações da China, incluindo pressão militar e psicológica. Essas informações vêm de um oficial familiarizado com o conteúdo do discurso.
O Presidente Lai, que assumiu o cargo em maio de 2024 após uma vitória eleitoral em janeiro, é considerado um "separatista" por Pequim, que reivindica Taiwan como seu território. No entanto, Lai e sua administração rejeitam essa visão. Em seu discurso, espera-se que Lai detalhe os esforços da China para suprimir a presença internacional de Taiwan e se comprometa a continuar a gestão pacífica e estável das relações entre os dois lados do estreito, um caminho político estabelecido por sua antecessora Tsai Ing-wen.
A atividade militar chinesa ao redor de Taiwan tem sido frequente, com o ministério da defesa taiwanês relatando a detecção de 20 aeronaves militares chinesas perto da ilha na quarta-feira. Além disso, navios de guerra chineses foram observados trabalhando em conjunto com as aeronaves ao norte, centro e sudoeste de Taiwan. Essas ações fazem parte do que Taiwan descreve como "patrulhas de prontidão de combate conjunto".
Autoridades em Taiwan antecipam que a China possa realizar exercícios militares perto da ilha como resposta ao discurso de Lai, usando-o como pretexto para pressionar Taiwan a aceitar as reivindicações de soberania da China. O ministério da defesa da China, que não respondeu aos pedidos de comentário, condenou anteriormente as vendas de armas dos EUA para Taiwan, com a administração Biden aprovando recentemente um pacote de apoio à defesa de 567 milhões USD. O ministério advertiu que armar Taiwan leva ao encorajamento da independência de Taiwan, uma postura que a China equipara à guerra.
O Escritório de Assuntos de Taiwan da China criticou os comentários recentes de Lai sobre a impossibilidade de a República Popular da China ser a pátria-mãe de Taiwan, acusando-o de promover a "falácia da independência" e aumentar a hostilidade. O dia nacional em Taiwan comemora a queda da última dinastia chinesa em 1911 e o estabelecimento da República da China, que se retirou para Taiwan em 1949 após perder uma guerra civil. Até o momento, nenhum tratado de paz ou armistício foi assinado entre os dois lados.
O Departamento de Estado dos EUA se absteve de especular sobre as potenciais ações da China em resposta ao discurso de Lai, mas enfatizou que usar celebrações anuais ou declarações públicas como base para ações provocativas prejudica a paz e a estabilidade. As recentes atividades militares da China também incluíram operações conjuntas com a Rússia no Pacífico Ocidental e o teste de lançamento de um míssil balístico intercontinental no mês passado.
O Presidente Lai afirmou que o futuro de Taiwan deve ser decidido por seu povo e ofereceu-se para iniciar conversações com Pequim, que foram rejeitadas. Após sua posse em maio, a China realizou exercícios de guerra de "punição" ao redor de Taiwan.
Reuters contribuiu para este artigo.
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