Investing.com - O dólar avançava contra as principais moedas na manhã desta segunda-feira, dando continuidade à sua valorização após a divulgação dos dados de emprego (payroll) dos EUA na última sexta, os quais superaram as expectativas dos analistas.
Às 7h15 de Brasília, o Índice Dólar (DXY), que mede o desempenho da moeda americana contra uma cesta de outras seis divisas, subia 0,3%, atingindo 109,81, após alcançar o nível mais alto desde outubro de 2022 na sexta-feira.
O dólar ganhou força depois que o payroll de sexta mostrou que o crescimento do mercado de trabalho nos EUA acelerou inesperadamente em dezembro, enquanto a taxa de desemprego recuou para 4,1%, levando os traders a reduzir as apostas em cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve este ano.
MAIS DETALHES: Payroll vem muito acima do previsto em dezembro, com queda no desemprego nos EUA
Os mercados agora precificam apenas 27 pontos-base de cortes nos juros pelo Fed este ano, contra cerca de 50 bps previstos no início do ano.
“O relatório robusto sobre empregos nos EUA divulgado na sexta-feira forneceu mais um impulso ao dólar. É difícil imaginar uma mudança na tendência da moeda americana nesta semana, considerando a perspectiva de outro dado forte de inflação nos EUA, que pode reforçar as dúvidas sobre a necessidade de cortes nas taxas pelo Fed neste ano”, afirmaram analistas do ING em nota.
Na quarta-feira, será divulgado o índice de preços ao consumidor (IPC) de dezembro nos EUA, e qualquer surpresa para cima pode fechar de vez a porta para um alívio monetário.
Na Europa, a libra (GBP/USD) caía 0,7%, para 1,2117, com a moeda britânica atingindo a mínima de 14 meses, depois de uma queda de 1,8% na semana passada, em meio a preocupações cada vez maiores com as finanças do Reino Unido, o que elevou os custos do crédito.
“A libra continua operando sob pressão, e suas perdas podem se aprofundar esta semana”, acrescentou o ING. “Quarta-feira será o dia mais relevante para a libra, com a divulgação do índice de preços ao consumidor de dezembro no Reino Unido. Independentemente do resultado, o cenário de inflação persistente e suas implicações para o ciclo do Banco da Inglaterra podem trazer mais turbulências ao mercado de gilts britânicos.”
O euro (EUR/USD) recuava 0,4%, para 1,0195, atingindo o nível mais fraco desde outubro de 2022, diante da expectativa de que o Banco Central Europeu reduza as taxas de juros em cerca de 100 pontos-base em 2025, concentrando a maior parte dos cortes na primeira metade do ano, à medida que a inflação caminha para a meta de 2% por volta de meados de 2025.
“Com os juros subindo nos EUA e o dólar se valorizando (alta de 8% desde o final de setembro), não seria surpresa ouvir alguns banqueiros centrais adotando uma postura menos dovish para sustentar suas moedas enfraquecidas”, afirmou o ING.
“Entretanto, hoje em Hong Kong, o economista-chefe do BCE, Philip Lane, destacou que, sem novos cortes nas taxas, a meta de inflação do BCE estaria ameaçada. Isso sugere que o BCE não está particularmente preocupado com os níveis baixos do EUR/USD, enquanto os rumores sobre a paridade ganham força.”
CONFIRA: Cotação das principais taxas de câmbio
Na Ásia, o dólar recuava 0,3% contra o iene (USD/JPY), para 157,23, com os volumes reduzidos, devido ao feriado no Japão e à incerteza em relação a uma reunião do Banco do Japão.
Já o iuane caía 0,3% contra o dólar (USD/CNY), para 7,3574, mesmo com os dados mostrando que a balança comercial da China cresceu mais do que o esperado em dezembro, impulsionada por exportações expressivas.
No entanto, o resultado foi amplamente associado ao aumento de embarques antecipados pelos exportadores, prevendo tarifas comerciais rigorosas impostas pelo presidente eleito dos EUA, Donald Trump. Trump, que assumirá o cargo em 20 de janeiro, prometeu aplicar tarifas sobre a China “desde o primeiro dia” de seu mandato.
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