(Reuters) - Com a inflação próxima da meta de 2%, o mercado de trabalho resiliente e o banco central dos Estados Unidos em um ciclo de redução da taxa de juros, os membros do Federal Reserve estão prontos para reagir caso as pressões inflacionárias aumentem ou o mercado de trabalho enfraqueça, disse o presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin, nesta terça-feira.
"Um consumidor forte, porém mais seletivo, aliado a uma força de trabalho mais produtiva e mais valorizada, colocou a economia em uma boa posição", disse Barkin em comentários preparados para serem apresentados no Baltimore Together Summit, em Maryland.
Esse cenário tem permitido que o Fed reduza a taxa de juros, que estava "fora de sincronia" com o restante da economia.
Os comentários de Barkin são os primeiros desde o corte de 25 pontos-base na taxa do Fed na semana passada, que levou os juros para a faixa de 4,50% a 4,75%, no que ele disse ser uma recalibração da política monetária para "níveis um pouco menos restritivos".
O que o Fed fará a partir de agora, acrescentou Barkin, dependerá do comportamento das empresas - se elas se sentirem mais confortáveis em relação ao futuro, agora que os juros têm caído e a eleição presidencial dos EUA está no passado, ou se elas mantiverem seus "manuais de recessão" e responderem ao poder limitado de fixação de preços com demissões.
Além disso, há cenários mais extremos, disse ele, incluindo o potencial de turbulência nos mercados financeiros e choques na economia, seja por motivos geopolíticos ou outros.
"O Fed está em posição de responder adequadamente, independentemente da evolução da economia", disse Barkin.
(Por Ann Saphir)