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Alta de Petrobras segura Bolsa no azul

Publicado 18.07.2016, 11:48
© Reuters.  Alta de Petrobras segura Bolsa no azul
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UBS recomenda "compra" para ações da Petrobras (SA:PETR4) (Reuters/Ueslei Marcelino)

SÃO PAULO - A melhora de desempenho das ações da Petrobras colabora pela manter o Ibovespa em terreno positivo nesta segunda-feira (18) após um início de pregão sem tendência definida. No exterior, a proposta da SoftBank para comprar a empresa britânica de chips ARM por US$ 32 bilhões anima Wall Street, enquanto as bolsas europeias operam sem tendência definida. Entre as commodities, as cotações do petróleo e do minério de ferro recuam enquanto investidores reagem à tentativa de golpe de estado na Turquia.

O barril de petróleo vale menos do que US$ 47 em Londres e Nova York, mas o UBS estima que pode chegar a US$ 75 em 2019. Este é um dos fatores que levou o banco suíço a ver a Petrobras como uma fênix renascendo das cinzas e a recomendar a compra das ações da estatal. Além da projeção para o óleo bruto, os analistas destacam também a melhora no arcabouço regulatório e a nova gestão sob a égide de Pedro Parente. Os novos preços-alvo para 12 meses estipulados pelo UBS para PETR4 e PETR3 (SA:PETR3) são de R$ 18,20 e de R$ 17,80, respectivamente.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, Parente declarou que a única hipótese descartada para ajudar a estatal a sair da crise é a privatização da empresa. Na visão dele, a sociedade brasileira não está preparada para discutir o assunto. Fora isso, ele afirmou que não existirá normas para a venda de ativos da Petrobras e que poderá avaliar controle compartilhado em subsidiárias como a BR Distribuidora ou a Transpetro.

Ainda por aqui, o cenário político tem atividade reduzida por conta do recesso branco no Congresso. Investidores digerem pesquisa do Datafolha divulgada durante o fim de semana que mostra apoio da população à continuidade do governo Michel Temer, além do aumento na confiança quanto à melhora da economia brasileira.

A propósito, o Boletim Focus, do Banco Central, revelou que a expectativa dos economistas para o crescimento do PIB em 2017 passou de 1,00% para 1,10%. Para este ano, a queda projetada foi a 3,25%, contra recuo de 3,30% no levantamento anterior. Já o cenário para a inflação este ano permaneceu inalterado, porém para 2017 apresentou novo alívio. E a taxa básica de juros deve ser mantida em 14,25% nesta semana.

O Copom se reúne nesta semana pela primeira vez sob o comando de Ilan Goldfajn. Boa parte dos analistas prevê o início do ciclo de corte nos juros no último trimestre de 2016.

Por volta de 11h40, o principal índice de ações da Bolsa de Valores de São Paulo tinha valorização de 0,55%, aos 55.882 pontos. Entre as ações mais líquidas, Petrobras tinha alta de 1,36%, Vale (SA:VALE5) avançava 0,36% e Bradesco (SA:BBDC4) exibia elevação de 1,20%.

Já as ações da Cyrela (SA:CCPR3) subiam 3,36% e se destacavam na ponta positiva do Índice Bovespa. Segundo apuração da Reuters, a Caixa Econômica Federal vai elevar o teto do valor de imóveis financiáveis pelo banco, o percentual de financiamento para imóveis de valores maiores e facilitar condições para construtoras, num esforço para acelerar os desembolsos no segundo semestre.

No câmbio, o dólar à vista recuava 0,58%, cotado a R$ 3,2622. Mais uma vez, o Banco Central voltou a atuar no mercado colocando no mercado todos os 10 mil contratos de swap cambial reverso, operação equivalente a uma compra futura de dólares.

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