Por Patricia Zengerle
WASHINGTON (Reuters) - O Senado dos Estados Unidos votou nesta quarta-feira de forma esmagadora a favor de um projeto de lei de 895 bilhões de dólares que define a política do Pentágono, apesar da inclusão de controversa cláusula sobre o atendimento médico de transgêneros para menores de idade.
O Senado, de 100 membros, apoiou a proposta da Lei de Autorização de Defesa Nacional, ou NDAA, por 85 votos a 14. Como o projeto foi aprovado pela Câmara dos Deputados na semana passada, o texto segue agora para a Casa Branca. Segundo os apoiadores do projeto no Congresso, o presidente norte-americano, Joe Biden, deve sancioná-la.
O NDAA deste ano autoriza um valor recorde de 895 bilhões de dólares em gastos militares anuais. Abrange a compra de navios, aeronaves e armas, e inclui disposições destinadas a aumentar a competitividade com rivais geopolíticos como a China e a Rússia.
O projeto de lei de 1.800 páginas também se concentra em melhorar a qualidade de vida do Exército dos EUA.
Ele autoriza um aumento salarial de 14,5% para as tropas de mais baixa patente e de 4,5% para o restante da força, mais alto que o normal. Também autoriza bilhões de dólares para moradias militares, escolas e creches.
O projeto de lei proíbe o programa de saúde militar, Tricare, de cobrir alguns tratamentos de afirmação de gênero para filhos transgêneros de membros do serviço militar, se houver risco de esterilização, disposição que fez com que alguns democratas votassem contra a proposta no Senado e na Câmara.
"O NDAA não é perfeito, mas ainda faz vários avanços importantes pelos quais os democratas lutaram", disse o líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer, antes da votação.
(Reportagem de Patricia Zengerle)