MILÃO (Reuters) - Um referendo sobre se a Itália deve deixar o euro não está no contrato do governo de coalizão e não será buscado, disse o vice-primeiro ministro e líder do Movimento 5 Estrelas Luigi Di Maio em entrevista publicada neste domingo.
Ele falou após o fundador do 5 Estrelas, Beppe Grillo, afirmar esta semana que a Itália deveria ter um "plano B" para deixar a zona do euro caso as condições econômicas determinassem e que os italianos deveriam votar em um referendo para ver se uma maioria queria deixar a moeda. Seus comentários agitaram os mercados financeiros. [nL1N1UN0VY]
Grillo não mantém nenhum cargo na nova coalizão na qual o anti-establishment 5 Estrelas governa com a Liga, de direita; no entanto, seus comentários levantaram novas dúvidas sobre as intenções da Itália de manter a moeda única.
Perguntado sobre um referendo em entrevista publicada no jornal Corriere della Sera no domingo, Di Maio afirmou que era algo que o governo era "sensível a", mas que não fazia parte do "contrato" de governo acordado entre o 5 Estrelas e a Liga.
"Este governo não vai persegui-lo", disse Di Maio ao diário de Milão.
O primeiro-ministro Giuseppe Conte e o ministro da Economia, Giovanni Tria, disseram que o governo não tem intenção de tirar a Itália do euro.
(Por Agnieszka Flak)