LONDRES (Reuters) - A Grã-Bretanha disse neste domingo que a Rússia assumiu a responsabilidade por mortes civis na Síria na semana passada, causada por um ataque de gás venenoso que Washington diz ter sido realizado pelo governo do presidente sírio, Bashar al-Assad.
Pelo menos 70 pessoas morreram no que os Estados Unidos dizem que foi um ataque com armas químicas na Síria controlada pelos rebeldes. O ataque levou os Estados Unidos a disparar 59 mísseis de cruzeiro em uma base aérea da Síria, de onde ele disse que o ataque foi lançado.
Damasco e Moscou negaram que as forças sírias estavam por trás do ataque com gás, mas os países ocidentais rejeitaram sua explicação de que os produtos químicos vazaram de um depósito de armas rebelde após um ataque aéreo.
A Rússia alertou que os ataques de mísseis dos EUA podem ter sérias consequências para a região.
O secretário de Defesa britânico, Michael Fallon, criticou o apoio da Rússia a Assad, descrevendo o ataque químico como um crime de guerra que aconteceu "sob vigilância".
"Por poder, a Rússia é responsável por cada morte civil na semana passada", escreveu Fallon, cujo governo expressou apoio à decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de atacar a base aérea da Síria.
"Se a Rússia quiser ser absolvida da responsabilidade por futuros ataques, o presidente Vladimir Putin precisa cumprir compromissos, desmantelar o arsenal de armas químicas de Assad e se envolver plenamente com o processo de paz na Síria.
Neste domingo, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia criticou a decisão do ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, Boris Johnson, de cancelar uma visita a Moscou no fim deste mês, afirmando que mostra uma falta de compreensão dos acontecimentos na Síria.
(Por William James)