BRASÍLIA (Reuters) - A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira rejeitar uma ação proposta pelo PSB para que a Justiça Eleitoral permitisse que 3,3 milhões de pessoas votar nestas eleições gerais, mesmo tendo tido o título de eleitor cancelado por não terem comparecido ao recadastramento.
O PSB argumentava na ação que a maioria do eleitorado que teve o título cancelado por não terem participado da revisão eleitoral é das regiões Norte e Nordeste do país, localidades onde estão os mais pobres.
Advogados do PT e do PCdoB, partidos que disputam a sucessão presidencial com a chapa Fernando Haddad e Manuela D`Ávila, também defenderam a permissão desse eleitorado de votar. A coligação Haddad-Manuela tem registrado expressivas intenções de voto principalmente no Nordeste, à frente do líder das pesquisas, o candidato do PSL, Jair Bolsonaro.
Os ministros do STF, em sua maioria, seguiram a linha do voto do relator, Roberto Barroso, para quem o direito ao voto é universal, conforme prevê a Constituição, mas o eleitor deve seguir regras para participar do pleito.
(Reportagem de Ricardo Brito)