Por Leika Kihara
MATSUE, Japão (Reuters) - A integrante do conselho do banco central do Japão Sayuri Shirai disse que o banco pode segurar a expansão dos estímulos para alcançar a meta de inflação uma vez que o consumo robusto deixa as empresas mais confiantes sobre elevar os preços, o que vai ajudar a compensar o peso dos preços fracos do petróleo.
Shirai, considerada uma das mais pessimistas dos nove membros do conselho sobre a perspectiva da economia, disse que o banco central pode considerar afrouxar a política monetária se a tendência de alta da inflação esperada pelo banco não se materializar "em absoluto".
Shirai disse que ela pessoalmente espera que a inflação atinja a meta do banco central de 2 por cento por volta de junho de 2017, três meses após a previsão oficial.
Mas, disse ela, o banco central japonês não precisa responder a esse atraso com afrouxamento adicional porque ele é amplamente atribuído às novas quedas nos preços da energia.
Enquanto isso, a queda dos custos da energia vai dar às companhias mais espaço para elevar os salários, permitindo às famílias aumentar seus gastos, disse ela, dando ao banco central espaço para segurar estímulos adicionais.
"Algumas famílias estão gradualmente sentindo os benefícios de salários mais altos", disse Shirai a repórteres após reunião com líderes empresariais.
A confiança empresarial está se segurando e as companhias estão mais dispostas a elevar os preços com as famílias aceitando melhor preços mais altos, sustentando a recuperação econômica, disse ela.