Taxas dos DIs fecham em baixa com queda dos rendimentos dos Treasuries

Publicado 25.11.2025, 17:03
Atualizado 25.11.2025, 17:07
© Reuters.

Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - As taxas dos DIs fecharam a terça-feira em baixa no Brasil, acompanhando o recuo dos rendimentos dos Treasuries no exterior, em um dia em que o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, reforçou que a instituição buscará a meta de 3% de inflação.

Em uma sessão de queda do dólar ante o real, a taxa do DI para janeiro de 2028 estava em 12,745% no fim da tarde, em baixa de 7 pontos-base ante o ajuste de 12,819% da sessão anterior.

Na ponta longa da curva, a taxa para janeiro de 2035 marcava 13,36%, em queda de 3 pontos-base ante 13,386%.

As taxas saltaram para o território negativo já no início da sessão, em mais um dia em que os investidores elevavam no exterior as apostas de corte de juros pelo Federal Reserve em dezembro. No fim da tarde o mercado de títulos norte-americano precificava em 84,7% de chances de redução de 25 pontos-base dos juros nos EUA, contra 15,3% de probabilidade de manutenção na faixa de 3,75% a 4,00%, conforme a Ferramenta FedWatch da CME.

Os dados econômicos divulgados pela manhã nos Estados Unidos não alteraram a percepção majoritária de que o Fed cortará juros, o que pesou sobre os rendimentos dos Treasuries. Neste cenário, as taxas dos DIs também cederam.

Na mínima pela manhã, às 10h09, a taxa do DI para janeiro de 2028 atingiu 12,750%, em baixa de 7 pontos-base ante o ajuste anterior.

Durante a manhã, os investidores também ficaram atentos aos comentários de Galípolo durante audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

Galípolo afirmou que a instituição não pode perseguir a banda superior da meta de inflação, de 4,5%, mas sim o centro do objetivo, de 3%.

"A meta não é a banda superior. A banda foi feita para que, dado que (a inflação) oferece flutuações... criou-se um ’buffer’ para amortecer eventuais flutuações. Mas de maneira nenhuma a meta é de 4,5%", disse. "Tenho que perseguir uma meta de inflação de 3%."

Também pela manhã, pesquisa CNT/MDA apontou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera todos os cenários para a eleição presidencial de outubro do ano que vem. Além disso, houve aumento na avaliação positiva do governo federal e na aprovação pessoal do presidente.

Ainda que a curva tenha reduzido as perdas no fim da manhã, em meio à audiência com Galípolo, durante a tarde ela voltou a ceder com mais intensidade, com investidores se preparando também para a quarta-feira.

Na sessão de quarta-feira será divulgado o dado de novembro do IPCA-15, indicador considerado uma espécie de prévia para a inflação oficial, que pode impactar diretamente a curva, lembrou um operador.

Perto do fechamento da sessão regular desta terça-feira, a curva brasileira seguia precificando quase 100% de probabilidade de manutenção da taxa básica Selic em 15% em dezembro. A dúvida entre os investidores segue sendo se o BC cortará a Selic em janeiro ou mais à frente.

Às 16h37, o rendimento do Treasury de dez anos -- referência global para decisões de investimento -- caía 3 pontos-base, a 4,002%.

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